FRENTES DE TRABALHO

Toda matéria é composição. Matéria é parte de um corpo maior que, na escola, se chama currículo.
Currículo é expressão do que se pensa, de como se pensa e das estratégias para alcançar os objetivos. Currículo é pavimento, é caminho, mas é, também, o próprio caminhar.
Matéria é sentido, direção. É o passo a passo para chegar nos lugares que queremos.
Quando a Estilo escolhe linguagens e abordagens, a gente quer comunicar, quer construir os passos que damos.
Por isso, queremos lhes contar sobre as frentes de trabalho que fazem parte do currículo da Estilo. Linguagens que aparecem nos nossos encontros diários, reunindo especialistas, professores e estudantes.
Sejam bem-vindos e bem-vindas à jornada, ao currículo, à Estilo!

Projetistas da vida.
A inclusão das aulas de Design na grade curricular do Ensino Fundamental I é essencial para preparar as crianças a enfrentarem os desafios do século XXI e para promover uma compreensão holística e interdisciplinar do mundo ao seu redor.

  • Desenvolvimento de habilidades criativas: o design envolve pensamento criativo, resolução de problemas e expressão pessoal. As crianças têm a oportunidade de desenvolver essas habilidades desde cedo, o que é essencial para sua realização pessoal e profissional no futuro.
  • Estímulo ao pensamento crítico: o design requer análise, avaliação e tomada de decisões fundamentadas. Ao engajar as crianças em atividades de design, elas são incentivadas a pensar criticamente sobre questões complexas, a considerar diferentes perspectivas e a encontrar soluções inovadoras para problemas reais.
  • Integração de conhecimentos: o design é uma disciplina interdisciplinar que combina elementos das artes, ciências, matemáticas, tecnologias e humanidades, assim, as crianças têm a oportunidade de integrar e aplicar seus conhecimentos em diferentes áreas, promovendo uma compreensão mais abrangente e conectada do mundo.
  • Promoção da sustentabilidade e da responsabilidade social: ao ensinar às crianças sobre design sustentável, ético e socialmente responsável, elas desenvolvem uma consciência sobre o impacto de suas ações no meio ambiente e na sociedade, preparando-as para serem cidadãs ativas e conscientes.
  • Preparação para o futuro: vivemos em um mundo cada vez mais complexo e interconectado, onde as habilidades de design são cada vez mais valorizadas em diversas áreas, desde tecnologia e inovação até educação e empreendedorismo. O design prepara as crianças para os desafios e oportunidades do futuro, capacitando-as a serem agentes de mudança e criatividade em suas vidas pessoais e profissionais.

Sair daquilo que está estabelecido, do que é convencional, do que é dito, do vocabulário já mastigado tantas e tantas vezes pelas matérias escolares.  Desenvolver uma capacidade ousada do pensamento, da reflexão, da criação, do imaginário, é algo que falta nas conexões que são estabelecidas no mesmo currículo escolar de sempre.
Estudar o futuro é saber compreender as mudanças, estruturando o pensamento das crianças para um mundo em mutação. Não estamos vivendo uma época de mudança, mas uma mudança de época. Essencial termos isso em nosso espírito!
Estudar o futuro é fazer com que as crianças aprendam a olhar, observar o redor. A criarem a  capacidade para lidar com as mudanças repentinas, num mundo que será cada vez mais mutante. Com resiliência, empatia, planejamento, estratégia, com recursos antecipatórios, com criatividade e imaginação e sem perder, jamais, seu momento presente: o da infância!
O Estudo de futuros é uma disciplina inovadora, que já está na agenda mundial, no Fórum econômico mundial, na Unesco.
Com essa iniciativa pioneira, a Estilo de Aprender é a primeira e única escola de Ensino Fundamental na América Latina, desde 2022, a adotar Alfabetização de Futuros na sua grade curricular.

As ciências da natureza têm uma maneira peculiar e bela de pensar e explicar o mundo natural, no entanto, essa maneira de pensar é bastante distinta daquela que costumamos recorrer de forma espontânea, ao contrário, pensar de forma científica é uma construção, é um aprendizado.
Para possibilitar este aprendizado, é importante que as crianças possam formular questões e problemas que façam sentido para elas, estimulá-las e apoiá-las no planejamento e realização cooperativa de atividades investigativas, além de possibilitar o compartilhamento dos resultados de suas investigações. Acreditamos que desenvolver um olhar científico sobre o mundo que nos cerca, um olhar sensível, aguçado e metodológico, além de ampliar capacidades cognitivas e de formulação de problemas, pode encantar e dar ferramentas de pensar que irão compor escolhas pessoais e formas de participação consciente no mundo, pautadas em princípios que valorizam o conhecimento e o bem de todos.

Entendemos a Capoeira como manifestação cultural, apresentando-se, enquanto linguagem, como produtora de sentidos e possibilitando a tessitura de interpretações diversas, a partir da reflexão sobre a origem, as vertentes e os possíveis diálogos com a sociedade de maneira geral. Por meio das cantigas populares e das cantigas características da capoeira, o estudantes vivenciam os gestos corporais específicos, golpes, movimentos, musicalidade, além de dialogarem com as brincadeiras infantis. A brincadeira não é um meio, é um fim, visto que não objetivamos fomentar capacidades e habilidades nos estudantes, mas sim estabelecer relações e possibilitar que esses teçam suas interpretações sobre a capoeira a partir de seu capital cultural.

Pausar e respirar.
Apreciar o silêncio.
Sentir, observar e escutar… o que vem de fora, o que vem de dentro.
Treinar atenção e concentração.
Treinar habilidades sócio-emocionais.
Reconhecer e acolher emoções desafiadoras, aprender a se autorregular.
Cultivar qualidades como autoestima, gentileza, confiança, compaixão…
Todo processo acontece de maneira lúdica e leve, pois acreditamos que a primeira etapa para as crianças aprenderem a meditar seja por meio do brincar!

A alimentação é uma ferramenta importante de transformação política, econômica, ambiental, social e cultural. Tradições culinárias são patrimônios culturais valorosos, aportam saberes atemporais e memórias afetivas que são passadas de geração em geração.
Educar e interagir com as crianças na cozinha é uma forma de transmitir tradições, histórias e habilidades para futuras gerações. As crianças aprendem quando observam e ajudam os adultos na cozinha!
As aulas de Comida e Cultura têm um caráter potente dentro de cada grupo e de cada ano. Professores e professoras estarão junto com as crianças na cozinha, compartilhando afetos e experiências pessoais, preparando receitas relacionadas com seus estudos de Temas.

O corpo é múltiplo. O corpo é expressão, linguagem da cultura, da intimidade. Revela paixões, revela vontades, revela desejos. O corpo é a grafia do que somos e queremos ser. É o desenho das relações entre as pessoas. É o contorno da nossa ação social. O corpo é linguagem brincante. O corpo afirma o lugar da infância, da docência. Aqui na Estilo, corpo é potencia de vida. Corpo é quintal, sala, roda, brinquedão. Corpo é o livro que se lê, a letra que se escreve, o brinquedo que se brinca. Queremos desconstruir a ideia de um corpo eficiente, de um corpo que marcha ao invés de dançar. O corpo é a inteligência de pele.

Os encontros de música buscam proporcionar, por meio de experiências lúdicas e divertidas, as primeiras noções dos elementos básicos da música, como ritmo e seus variados andamentos; dinâmicas e as formas possíveis (e divertidas) de se explorar do forte ao piano; afinação a partir de conceitos básicos de melodia; e primeiras noções de escalas musicais. Grande parte das brincadeiras é desenvolvida por meio da percussão instrumental e corporal. O curso ainda não entra apenas nos elementos da harmonia, porém, acima de tudo, busca trazer uma troca entre estudantes e professores a partir da sensibilidade de cada um, de momentos agradáveis de descobertas musicais. Serão utilizados desde jogos de musicalização infantil a canções da nossa cultura popular. Em alguns momentos, os elementos cênicos serão empregados, seja na transmissão de conteúdo ou no desenvolvimento de jogos cênicos musicais.

Artes para além do que podemos esperar como linguagem dentro da escola. Artes como expressão individual e social. Arte e cultura. Arte que está no desenho, na música, nos corpos. Arte por meio da pintura, do hip-hop, nos grafites e no recorte. Arte na melodia e na construção, na cerâmica, na gravura, no podcast, no cinema e no teatro. O registro, a reflexão artística em cada tema, em cada projeto, em cada conteúdo e discussão que aconteça dentro da escola.
As linguagens artísticas assumem um caráter potente dentro de cada grupo e de cada ano. A perspectiva de trabalho artístico nas mãos e criação de cada educador e educadora da Estilo. As artes acontecerão a cada dia, sempre, de forma mais fluída e conectada ao processo de ensino e aprendizagem das crianças.