O faz-de-conta, os jogos, as brincadeiras em grupos e as brincadeiras individuais são recursos fundamentais para que as crianças desenvolvam capacidades importantes para entender e significar o mundo. A partir da brincadeira, a criança socializa, imita, imagina, interage, utilizando e experimentando as regras e os papéis sociais. Ao brincar, a criança expressa, comunica e reelabora suas experiências vividas, aprendendo sobre si mesma e sobre os significados culturais do meio em que está inserida. Entendemos que a brincadeira representa, nesse sentido, um avanço para crescer.
Ao mesmo tempo, brincando, a criança constrói um mundo próprio, um mundo novo, aberto às possibilidades imaginativas, criativas, incertas e inúteis de compor a infância. Há, aqui, uma brincadeira que não exige explicações e intervenções pedagógicas. Uma brincadeira que se abre à poesia, às invenções e à liberdade de apenas ser infantil nas experiências do aqui e agora.
É, nesse sentido, que localizamos a brincadeira mais próxima ao campo da poesia, da filosofia e da criação.