RASTRO DO 2º ANO MATUTINO AO
ENTORNO DA ESCOLA
“Naquele curió mora um pessegueiro”
“[…] não precisamos de muita coisa para fazer com que as crianças não deixem de ser geniais aos sete anos de idade. Basta deixá-las imaginar, observar, investigar, vivenciar e criar as ferramentas naturais que elas têm; a natureza é a principal delas. Deixá-las serem criança na essência do que a criança é.” Ana Lucia Villela (fundadora do Instituto Alana)
“As crianças precisam da natureza para um desenvolvimento saudável de seus sentidos e, portanto, para o aprendizado da criatividade. Essa necessidade é revelada de duas maneiras: ao examinar o que acontece com os sentidos dos jovens quando perdem a conexão com a natureza, e observando a magia sensorial que ocorre quando eles – mesmo os que já passaram da infância – são expostos a mais ínfima experiência direta em um ambiente natural”. Richard Louv
As nossas saídas pelo entorno da Estilo de Aprender surgiram como possibilidade de ampliar o nosso estudo da natureza, dos bichos e das árvores do Brasil, do grande e do pequeno, do vivo e do não vivo, dos ciclos e das relações; mais que um estudo, pudemos nos abrir para a experiência-convite da natureza que nos cerca, ampliando o espaço educador da escola.
Em nossas caminhadas, trechos de um quarteirão levaram horas, afinal, subimos em árvores, conhecemos vizinhos, comemos fruta do pé, ganhamos abacates de presente e sensibilizamos os nossos sentidos para reparar, ver o que, apesar de visto, passa despercebido. Vejam a surpresa! Descobrimos que as crianças reparam, sim! Quem não repara somos nós, adultos. Então, nos aproximamos dessa criança curiosa que habita em nós, professoras e educadores, e, junto com nossas crianças curiosas, ao longo destas semanas, pudemos gastar minutos a fio demorando-nos no olhar, “só” observando e, assim, nos preparamos para a nossa viagem ao Sítio Copaíba e a imersão na Mata Atlântica.
Olhar para cima, olhar em volta, entre a poesia e a ciência, pesquisamos. Que árvore floresce esse mês? Que tipo de árvore é aquela? Quantos anos ela deve ter? Quais os animais que a habitam? Tem flores? Ela é nativa do Brasil? Qual o seu nome popular e a quê se deve esse nome? Quaresmeira, Paineira-rosa, Pau-ferro, Fedegoso, Ipês, Pata de vaca, Pessegueiro, Jasmim-manga.
Saber sobre as árvores tem transformado a nossa relação com a cidade, com o nosso entorno e com nós mesmos. Depois de quantas quaresmeiras eu chego na escola? No meu trajeto, tem mais de cinco paineiras-rosa e, assim, seguimos… munidos de nossas bolsinhas mágicas de coletar elementos naturais, investigando sobre pertencimento, identidade e cuidado.
Professoras Júlia e Pri