Rastros

SESC POMPEIA

By June 8, 2018 February 16th, 2019 No Comments

RASTRO GRUPO 4 VESPERTINO

 

Deriva entre águas
 
Era sexta-feira, a primeira tarde ensolarada de uma semana de outono bem cinza. Reunimo-nos na sala do Grupo 4 para fazermos os últimos combinados. Por volta das 14h, estávamos no transporte, prontas e prontos para a partida.
No caminho, as crianças conversavam: “Eu já fui ao Sesc Pompeia” ou “Olha, aqui é minha casa nova”. O clima de animação e ansiedade estava presente. Descemos do transporte e fomos andando até a entrada principal do Sesc. Não teve como não perceber os olhares adultos ao verem a infância invadindo a cidade: a cada passo das crianças na calçada, toda a atenção voltava-se para nós!
O espaço da exposição era um grande saguão feito de pedras, paredes de tijolos aparentes, iluminação quente e indireta, onde as obras ali expostas estavam misturadas às curvas do rio artificial que corta todo o espaço. E, assim, esse se tornou o grande mote do Rastro: águas que correm. Havia um rio no meio da exposição. Um rio cheio de pedras, de pontes e onde havia projetada uma imagem que lembrava o fogo; junto a ela, um pequenino barquinho de papel perdido foi encontrado por um dos estudantes. Mais para frente, outros dois barcos de madeira naufragados clamavam por socorro enquanto que seus companheiros voavam pendurados por fios. As crianças invadiram o espaço de pronto, correram, atravessaram as pontes, olharam os barcos, molharam suas mãos no rio, experimentaram as roupas da obra interativa “Novos costumes”, de Laura Lima, se apropriaram do espaço e o fizeram de seu. Em algum tempo, a exposição deixou de ser o foco e todos e todas correram para o Espaço do Brincar. Como se manter distante daquele mundo de bolas coloridas? O Grupo experimentou seus desafios, cores e texturas. Esbaldou-se em brincadeiras, saltos e piruetas.
Para finalizar nossa prazerosa tarde, fizemos um delicioso piquenique no “deck”, aproveitamos o fim da tarde e embarcamos de volta à Estilo.
Um Rastro que fica dentro de todas e todos nós. Como as águas que se juntam para formar o rio, vivemos a beleza do encontro das relações e suas multiplicidades!
 
Um abraço,
Vivian M. L. Lourenço, Andressa Nishiyama, Luana O. Arruda e Filippe Dotte