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Estilo

PARQUE VILLA LOBOS

By | Rastros

RASTRO 3º ANO MATUTINO

 

Nossos primeiros Rastros deste ano, para além dos muros da escola, nos levaram a um lugar de muros mais baixos. Onde o ar respira para o horizonte. “Quanta grama, ar livre, quanta liberdade!”, feliz, lembrou um estudante ao avistar o parque Villa-Lobos, onde estávamos quase chegando.

A relação afetiva com o espaço geográfico já estabeleceu nossos primeiros passos. Minutos marcaram nossos tempos, que, aos poucos, expandiriam sua multiplicidade, ganhariam novos contornos, ritmos e sons e rumariam para outras formas de aprender e conviver. Num dia sem sol, o testemunho coube ao vento.

Quase lá, no lugar combinado, nosso convidado, o Vini, é avistado e surpreendido pela infância, correndo pelo anseio, pelo encontro com o novo. Sentados em roda, organizamos nossos corpos. Dessa vez, a geografia humana deteve-se a transformar aquele espaço com rastros de histórias, movimentos, alegrias, brincadeiras, olhares e sentidos.

Acabamos parando num mundo habitado por animais. Num pega-pega, quem foi pego virou bicho. Fomos nós mesmos num outro. No círculo, caminhamos novamente para transformar nossos corpos: agora, em posturas de yoga. Posturas criadas com base na observação da vida animal. Posturas criadas para encarar e transformar a vida humana, de dentro para fora.

Após o esforço físico, mais uma recompensa: descansar! Deitados, relaxamos guiados por sonoridades. A voz do Vini nos encorajou a não ter medo da pausa e do silêncio. O som de sua flauta arrematou nosso encantamento: era realmente a música do silêncio.

Para encerrar a prática, cada um e cada uma foi convidado e convidada a tocar o sino e expressar uma palavra, um sentimento. Para todos e todas, desejos de paz, felicidade, energias e alegrias. E Vinícius, novamente, arrematou: “esperança!”.

O lanche coletivo mostrou-se diferente. Compartilhamos comida, ideias e sentimentos numa serenidade particular. Em Geografias, perguntamos: “O lugar onde moramos pode influenciar a nossa vida?” E a nossa vida, pode influenciar o lugar que ocupamos, corremos, o lugar o qual cuidamos, o lugar para onde olhamos e sorrimos?”.

Por fim, um último pega-pega, sobre a grama, ao ar livre. A vontade de que o brincar coletivo nos traga, cada vez mais, vontade de querer e liberdade de ser. Cada vez mais, para junto de nós e junto dos outros. Seres humanos e animais. Lugares de dentro e de fora. Cada vez mais, rastros de sol e de esperança.

Namastê!

 

Daniel Libarino e Luciana B. Baldo

 

RÁDIO CIDADÃ

By | Rastros

RÁDIO CIDADÃ

RASTRO 5º ANO VESPERTINO

 

Nossa saída para a Rádio Cidadã começou algumas semanas antes, na Estilo. Fomos surpreendidos com a proposta de fazermos a rádio da Estilo tocar, como o Grupo do 5º Ano do ano passado. Os estudantes ficaram animados com a ideia e trouxeram muitas propostas para comporem o repertório. Divididos em grupos, desenharam uma programação e cada grupo compôs uma parte: entrevistas, adivinhas e piadas e “papo furado”, que conta as novidades do 5º Ano.

Diante da curiosidade e impecável organização do grupo, surgiu a oportunidade de conhecer a Rádio Cidadã, localizada no Butantã. Conhecemos o espaço da rádio, descobrimos sobre as ondas sonoras e como elas são transmitidas, além de entendermos como funciona a rádio e como é organizada uma rádio comunitária.

O Pedro, professor da Estilo que também trabalha na rádio, convidou os estudantes do 5º Ano para apresentarem o repertório criado em uma transmissão ao vivo! Foi surpreendente como o Grupo estava articulado!

 

Ansiosxs para nossas próximas saídas.

Carolina Akerman e Lilian D. Schiavinato

 

 

SÍTIO DO REINALDO

By | Rastros

RASTRO 1º ANO MATUTINO

 

“Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o lugar”
Guimarães Rosa

 

Era manhã de quinta-feira, 30 de março de 2017. O frio na barriga era intenso, em adultos e crianças. A saída, inédita. Uma viagem! De um dia, ida e volta… viagem curta apenas no tempo do relógio. Primeira saída da escola com uma duração para além do meio dia e meio. Rotina escolar modificada, com retorno previsto para as 16:30 da tarde – lanche e almoço deslocados para uma outra geografia. Cintos fechados, olhares de ansiedade se entrecruzando, mochilas guardadas, motor ligado…e…porta que se fecha!

Fomos para o sítio do Reinaldo, produtor de alimentos orgânicos e pai de uma de nossas estudantes. Assim que chegamos, contamos com uma farta mesa de café da manhã, cada estudante pôde comer e conhecer o sítio à sua maneira singular de ser, estávamos abertos e abertas a outro ritmo do tempo-relógio, ao ritmo do tempo-sentido-atravessado-aprendizado, … andar, olhar e pisar o chão de terra. Logo pudemos ver crianças enfrentando com coragem e alegria, o desafio da distância de casa.

Não demorou muito, já estávamos dentro do galinheiro pegando ovo para o café da manhã… mais uma f(r)esta de tempo e os (as) estudantes já estavam pescando! É sobre saber esperar, conseguindo ou não pescar um peixe, é sobre a beleza de experenciar a paciência.

Fomos ao encontro dos aprendizados potentes que a natureza, com seu ritmo próprio, singularidades e cores vibrantes nos proporciona. Um encontro potente das relações!

O grupo colhe, o grupo planta, pesca, caminha, pisa o barro, eu-grupo pertenço. Lá não tem parede, tem um horizonte verde pra olhar, tem também o céu azul, acima de nós, para embelezar. É tanto significado novo, que fica difícil não se emocionar, um rastro que fica dentro, pertencendo àquele lugar!

 

Lucas Maia Benedetti, Vivian M. L. Lourenço e Filippe Dotte

 

 

 

CÓRREGO DO ÁGUA PRETA

By | Rastros

RASTRO 4º ANO MATUTINO

 

“O maior museu é a rua” – Eduardo Kobra

 

O 4º Ano estudou, em histórias, “Arte Marginal”. Nossas pesquisas trouxeram para os estudantes diferentes técnicas de intervenção, como o estêncil e o lambe-lambe.

Unindo nossos estudos com os Rastros, fomos até o Córrego do Água Preta. Lá, os estudantes puderam andar, observar e pensar sobre o que conversamos em sala, identificar os tipos de técnicas, parar e apreciar uma arte que está fora dos museus. Fomos recebidos pela Fábia e pelo Luis, dois dos responsáveis pela revitalização da viela. Eles nos contaram que aquele trajeto, antes escuro, foi ganhando cor e vida a partir das intervenções que são realizadas lá. Compartilharam conosco também a preocupação em conscientizar as pessoas que, embaixo daquele cimento todo, passa um rio.

Após essa conversa, os estudantes fizeram sua arte nas paredes e no chão com o material que produzimos em sala de aula. Tinta, papel, spray, máscaras, luvas, cola e rolinhos… As marcas do 4º Ano foram ocupando um pouco mais daquele espaço! Terminamos nosso Rastro com um delicioso piquenique na Praça!

Que tal todos visitarem o Córrego do Água Preta e conhecerem as artes que lá habitam?

 

Andrea Pires Magnanelli e Tulyo Cesar Martins

 

 

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL

By | Rastros

RASTRO GRUPO 5 MATUTINO

 

No dia 25 de março, o Grupo 5 Matutino visitou a exposição “O Corpo é a Casa”, de Erwin Wurm. No entanto, esse foi um passeio para além da exposição.

Ela aconteceu no Centro Cultural Banco do Brasil, que fica no centro da cidade de São Paulo, e só isso já proporcionava muita história. Assim, começamos o passeio antes do passeio. Pesquisamos sobre o prédio que abrigava a exposição. Um antigo banco que hoje acolhe as mais diversas linguagens artísticas. Os estudantes ficaram encantados com as construções tão diferentes das que costumam ver no entorno de suas casas.

Muitas das paisagens que nos foram apresentadas no caminho da Escola até o centro eram inéditas. Construções grandes e pequenas, novas e em ruínas, casas improvisadas, modernas e antigas… E os muros tão diversos trouxeram perguntas e questionamentos sobre: bonito e feito, sujo e limpo, importante ou não?

Finalmente, pés no asfalto, mãos dadas e olhos rápidos que percorreram cada detalhe dos prédios antigos das ruas Três de Dezembro, do Comércio e Álvares Penteado. E quantos detalhes! Sacadas que pareciam pertencer a castelos, janelas coloridas, paredes com rostos e adornos em relevo, ruas estreitas e um filete de céu que teima em aparecer por entre tantas construções. Mãos dadas, espera o sinal verde, atravessa a rua, vira a esquina e quase tromba com o engraxate. O que ele está fazendo? Pede informação e, animados, agradecemos o guarda, que nos indica o caminho mais rápido para o CCBB.

Chegamossss! Reconhecido o prédio que visitaríamos, começamos a procurar as esculturas do Erwin Wurm que não couberam no prédio. “Quem consegue sentar naquela mesa?”; “O que tem dentro daquele armário?”; “Será que o colchão dessa cama é duro?”.

Entramos, sentamos, comemos e, sem dúvidas, ocupamos. Não conseguimos ver toda a exposição, mas vivenciamos de corpo inteiro cada parte que visitamos. Encontramos o “Artista que Engoliu o Mundo”, dialogamos com o “Conversível Gordo”, preenchemos a “Casa Gorda” e emprestamos nossos corpos para o Erwin Wurm, que, por meio de instruções, nos transformou em esculturas vivas!

Voltamos e aproveitamos para ver o que passou despercebido na ida… O que você não viu no seu caminho hoje?

 

Lara Fernandes Moreira e Geovani Nascimento Melo

 

MUSEU DAS INVENÇÕES

By | Rastros

RASTRO GRUPO 4 MATUTINO

 

A história é muito mais antiga do que a antiga reunião de estudantes do Grupo 4 O encontro das crianças com o Museu das Invenções. Como as primeiras partes já foram de muita alegria, vibraram com a notícia! E, que dia em diante, contou todo o momento: “É hoje o Rastro?”, “Quantos dias faltam?”. Questionamento esses que foram alimentando o Grupo de enorme expectativa e curiosidade em viver esse momento.

Enfim, chegou o dia e partimos para a Van. Sentaram-se ao lado de outros, foram batendo papo e olhando a cidade. Quando desembarcamos, começamos a entrar no museu, mas a notícia de um logo já havia sido motivo de comemoração. Uma delícia de começo!

No Museu, entraram e exploraram tudo, puseram a mão, brincaram, perguntaram e puderam fazer a experimentação do que é algo: objetos conhecidos ou ainda desconhecidos para elas e eles. Todos os olhares movidos pela curiosidade do saber e investigar, criar e recriar, assim como os grandes inventores dos conhecidos ou anônimos. Olhares intensos que também se tornaram pessoas, que nos receberam de braços abertos. Foi muito especial!

 

Julio Cezar PC Filho, Taynara AR Bustamante e Priscila CS Silva

 

 

PRAÇA DA NASCENTE

By | Rastros

RASTRO 2º ANO MATUTINO

 

Combinamos de visitar a Praça da Nascente, espaço que conecta Temas de nossos estudos e favorece a brincadeira e passeio ao ar livre. Descobrimos que a Praça é alvo de ações do coletivo “Ocupe e Abrace”, formado por moradores da região que têm por objetivo recuperar a Praça e as nascentes do Riacho Água Preta que estão ali. Ótimo pretexto para um Rastro! Ainda mais por estarmos estudando “O Ambiente”, em Ciências, e “Rios de São Paulo”, em Geografias!

Para definir nosso Rastro, pensamos nessa palavra e em seus significados: “Rastro: marca ou pegada deixada pela passagem de uma pessoa ou de um animal; traço ou reflexo que certas coisas deixam como marca de sua presença; sinal que nos conduz a alguma coisa ou a alguma pessoa.” (Fonte: Michaelis On-Line)

 

Que Rastros gostaríamos de deixar na Praça? Nossa decisão foi a de recolher alguns rastros, como os lixos deixados por lá!

Em um contato com a Luciana, do “Ocupe e Abrace”, soubemos que seria interessante produzirmos duas placas, uma pedindo para os frequentadores da Praça cuidarem de seu lixo e outra para que não alimentem os peixes do lago. Assim, com placas, luvas e papéis para lambe-lambes, fomos para lá!

Encontramos nascentes, observamos as valetas construídas para escoamento da água, conhecemos os lagos e também mais histórias sobre a Praça e as ações que acontecem ali, contadas pela Luciana. Tomamos lanche e recolhemos alguns lixos que estavam espalhados até bem embaixo da lixeira, acreditam?!

Pintamos, escrevemos e também deixamos nossos Rastros em placas e lambe-lambes, assim, a Praça da Nascente ganhou um grande abraço do 2o Ano Matutino da Estilo de Aprender!

 

Alice Pecci Jimenez e Pedro Moura Leite Ribeiro

 

Para saber mais sobre o coletivo “Ocupe e Abrace”, acesse www.ocupeeabrace.com.br.

 

É DIA DE OFICINA DE ESCALADA NA ESTILO!

By | EX-TILO

Um jovem com conhecimento no assunto vem até a Estilo para passar um pouco de seus saberes. Ao pisar no Quintal, ele olha para as paredes como se já as tivesse escalado e observa as árvores como se soubesse quais são os galhos ideais para aplicar um de seus nós. Mas é claro! Ele já subiu nessas paredes e escalou essas árvores! Agora no Ensino Médio, Felipe Ávila é um Ex-tilo dos primórdios da Escola.

Na Oficina, mostra cordas, mosquetões, apresenta nós… Brinca à vontade como professor, onde sempre foi estudante. E as atuais e os atuais estudantes e professoras e professores o observam com concentração. Aprendem e se divertem.

Assim passamos essa gostosa manhã de quinta-feira: brincando de escalar montanhas e alcançar cumes, de nos equilibrarmos em cordas que cruzam o vale, de sermos escaladores e escaladoras prontos para qualquer desafio!

Agradecemos, Felipe!

André Bevilacqua e Franco Sciarra

PRAÇA BARÃO PINTO LIMA

By | Rastros

RASTRO GRUPO 3 VESPERTINO

 

Mãos para a primeira saída da Escola. Olhares falantes e atentos à nossa cidade avistam árvores, carros, torres e padarias já Ombro embreagem ancas para sentir a areia de um espaço. O que é que é costume por algumas crianças, mas que é reinventado por todos e todas as opções. Dia que se esperou chuva, mas despencou o Sol e a brisa do Vento!

Em seguida, um saco quente, com os braços abertos para os braços, levou bolhas de sabão e nossos balões. Estes foram e não mais voltaram, levaram os nossos monstros desenhados e uma poesia feita por nós. Avistamos os balões lá longe … Para onde foram?

Pausa Artigo para partilhar cores e sabores e nossos intermináveis ​​brigadeiros. De volta à brincadeira na areia. Pausa outra vez. O Rastro se encerra. Agora os mesmos estão cansados ​​e voltam à areia do nosso Quintal, com as certezas de que as nossas marcas foram profundas na nossa Praça, e de que ano que vem mais mais!

 

Maiara Estácio, Júlia C. Franco e Ana Claudia Z. Goes

 

 

 

PRAÇA DR. OTÁVIO PEREZ VELASCO

By | Rastros

RASTRO GRUPO 3 MATUTINO

 

Rastejos pelas cidades in-visíveis…

 

Estreamos o rompimento dos muros da Escola! Por muito, navegamos em devaneios falados e sonhados na soleira do nosso Tema, que é cenário de filosofias do visto e não visto. Habitantes do invisível, nossas cidades mapeiam sentimentos, desejos e culturas. Em meio a narrativas inéditas sobre o mundo, surge uma fenda, um respiro na agitação dos múltiplos movimentos incessantes de uma paisagem urbana. Nomeamos de “Passagem Mágica”: embaixo do chão, corre um rio; adentramos pelo caminho encantados pelo transbordamento de águas que entrecortavam o chão cinzento (Será que o rio subiu?). Observamos seu curso imaginando o que estaria a nutrir. Pedregulhos, plantinhas, meteoros, uma vila submersa, nossos calcanhares!

Íamos de uma margem a outra sempre adiante. Nessas beiras, elevavam-se muralhas com incontáveis minúsculas cidadelas, buraquinhos infinitos perdidos no concreto, muito vistosos com plantações em cascatinhas gracejando a verticalização deste, que separa um mundo do outro. Quanta vida neste limiar! Lagartinhas, formigas de muitas etnias, taturanas, mosquinhas… Uma megalópole muito receptiva a tintas e inspirações de um Grupo 3!

Chegamos nessa vereda dispostos a deixar nossa marca, assim como muitos que passaram por ali e pincelaram sua arte estampando os muros paralelos que protegem este espaço solto no tempo. Encontramos um lugar ideal para iniciar a ilustração. Um por um foi preenchendo de figuras humanas um fundo branco enredado, neste instante, pela nossa memória.

Seguimos andarilhando até uma cachoeira bem sonora, escondida pelo chão, visível apenas por um baixo retângulo. Encurvados, nos amontoamos para ver, mais uma vez, o invisível. Rastros de peixes acompanharam-nos até o fim da passagem, onde encontramos um imenso portal com uma escadaria que nos levou a uma clareira verdejante. Nela, celebramos a liberdade do olhar, a poesia que vivenciamos com todos os sentidos, as novas filosofias e amadurecimentos.

Um convite aos vãos…

 

Raquel Lima Paiva, Heloisa M. Lima e Priscila C. S. Silva