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Estilo

MUSEU AFRO BRASIL

By | Rastros

 

RASTRO GRUPO 4 MATUTINO

“O que dá sentido ao encontro é uma busca,
e é preciso andar muito para se encontrar o que está perto.”
José Saramago

Logo ali, no Parque Ibirapuera, um pedacinho para nós, descobrindo os podíamos nos aprofundar mais nos nossos Temas, “Baião e Sertão” e “O Brasil de Pernambuco”, por meio da apreciação de obras artísticas presentes no Museu Afro Brasil. Como nas aproximam muitas memórias da cultura nordestina, a partir da matriz afro-brasileira, o logotipo também foi contemplado em nossos olhares.
Em nossos Rastros, observamos, de um lado, um Ema, que gemeu no tronco do juremá, do outro, o Boi-bumbá. Continuando nosso trajeto, encontramos como as rainhas e os reis da África, uma bela e bonita flor do sertão, uma poética do artesanato que representa uma vida do sertanejo, até que … Sentimos cheiro de Luiz Gonzaga, o rei do baião, e ele estava lá mesmo, com sua sanfona !!
Entre a terra do mandacaru, quando a chuva cai, quando a chuva e os reis decidiram morar, nos deparamos com um emaranhado de núcleos, formas, tamanhos, desenhos e heranças de lugares que são agora são tão nossos. E por isso que voltamos ao chão da nossa Escola com as certezas do que o e o lá fora, como as pessoas podem ser diminuídas quando nos saem atravessadas, e que continuam a andar por essa cidade, esse país, esse mundão … Logo mais!
 
Maiara Estácio, Geovani Nascimento, Priscila Sarto e Filippe Dotte
 

 

 

 

VILA MADALENA E RIO VERDE

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RASTRO 2º ANO VESPERTINO

 
Nos nossos estudos de geografias, descobrimos que São Paulo foi construída próxima aos rios e, depois, sobre eles. Exploramos o mapa disponibilizado pela plataforma cidadeazul.org e exploramos os rios que passam embaixo da Estilo e embaixo das nossas casas.
Saímos da Escola na expectativa de ver o Rio Verde, que passa embaixo da Vila Madalena. Nosso passeio foi guiado por um audioguia, ouvido por nós em uma caixa de som. A cada parada, escutamos atentamente a proposta e nos prontificamos a descobrir o que de fato passa embaixo dos nossos pés.
Quando conseguimos ouvir o rio, a emoção tomou conta do Grupo! Encontramos a nascente e conversamos com um senhor que viveu a história da cidade. Ele nos contou que, quando veio morar no bairro, presenciou a construção da rua sobre o rio.
Em algumas das nossas paradas, onde era necessário ativar os sentidos para ver e ouvir o rio, deixamos adesivos nos postes para ajudar os transeuntes a experienciar a cidade dessa outra forma.
No Beco do Batman, observamos atentamente os grafites e escolhemos uma agradável sombra para tomarmos lanche. Encontramos um artista de rua que nos ensinou a fazer bolhas de sabão gigantes, nos divertimos muito!
Terminamos o passeio com uma visão de um grande rio, visto por uma viela. O audioguia nos contou o caminho que esse rio tomaria a partir desse ponto.
Já estamos esperando o próximo Rastro!

 

Carolina Akerman e Manoela Silva

 

 

 

PRAÇAS DA REDONDEZA DA ESTILO

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RASTRO 5º ANO MATUTINO

 

Saíram pelos arredores da Casa para produzirmos nossa curta-metragem! Foram feitos os preparativos: a escrita do roteiro, a escolha do figurino, o cenário e os acessórios que compuseram nossa gravação. Foi muito divertido!

Em dois dias e em dois espaços distintos, gravamos tudo isso com nossos equipamentos de gravação nas costas! Agora, estamos editando o nosso vídeo e, enquanto a gente não está estreitando, aqui vai fazer desse caminho para compartilharmos com vocês!

Aguardem o melhor filme do ano!

 

Luciana Baptista Baldo

 

 

 

PRAÇA JONH LENNON

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RASTRO GRUPO 5 MATUTINO

 

“Caminhante não há caminho, o caminho se faz ao caminhar”
Antonio Machado
 

Este Rastro foi sobre caminho, sobre o processo do chegar. Foi sobre sentir os desníveis das calçadas, ver as raízes que rompem o cimento e perceber a existência das flores que enfeitavam nosso percurso.
E, nesses 900 metros de experiências vividas, lemos as placas das casas à venda, interagimos com cachorros separados por portões, vivenciamos a coletividade do atravessar a rua e visitamos a viela-museu “Beco do Gita”.
Chegamos à Praça John Lennon cantando “Yellow Submarine” – ideia de uma das crianças – e lá vivenciamos a permanência sem muros, onde o limite do asfalto redondo ao redor da Praça fez contorno para as brincadeiras.
Houve quem se cansou, houve quem quis que chamássemos um ônibus para nos buscar, houve quem sabia que aquele era o mesmo caminho de casa!
Voltamos para a Estilo cansados e cansadas, mas atravessados pelo encantamento do inédito vivido nesta manhã.
 
Tereza Grimaldi Avellar Campos e Ericah Azeviche

 

 

PRAÇA DR. OTÁVIO PEREZ VELASCO

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RASTRO 2º ANO MATUTINO

 

Os Discursos Relacionais de 2018 iniciaram-se com muitos diálogos! Diálogos entre gerações, entre textos e contextos. Diálogos estabelecidos nas geografias do dia a dia, sobre pessoas e espaços que os rodeiam. Diálogos em sala de aula, imersos em escritos, ideias e imagens, que, juntos, formaram a base do nosso primeiro Período de Geografias do ano, cujo Tema foi “Modificações Geográficas na Cidade de São Paulo – Rios de São Paulo”, que, por sua vez, inspirou nosso Rastro inicial do ano: uma visita à Praça Dr. Otávio Perez Velasco.
O percurso até ela, contudo, começou a ser trilhado ao longo das aulas que antecederam o passeio, ao conhecermos e refletirmos sobre como os habitantes utilizaram-se dos rios do nosso estado ao longo da história recente e sobre as transformações ocorridas por conta desses usos (indevidos ou não), tanto na paisagem, de modo geral, como na vida das pessoas, de modo mais específico. Afinal, para que serve um rio?
Em paralelo, estudamos as canalizações de rios que ocorreram nas últimas décadas, suas motivações e consequências. Com base em estudos recentes, as estudantes e os estudantes fizeram leitura de mapas (dentre eles, aquele na entrada da Estilo!) que mostram que existem mais de 200 rios na nossa cidade — em sua maioria, canalizados. Embaixo desse asfalto, afinal, pode estar passando um rio!
E este foi o disparo para o nosso primeiro Rastro do ano. A visita à Praça, que é tão conhecida pelas crianças, dessa vez foi acompanhada pela surpresa de saber que, por baixo dela, passa um rio!
A experiência coletiva do des-cobrir integrou-nos a algo que foi literalmente coberto, mas cuja força e forma, de algum modo, ainda se conectou, provocou e se juntou ao coletivo. Para acompanhar o som desse rio, que está lá. Para coletar um pouco de suas águas (amarrando barbantes e descendo um baldinho!). Para saber que estar canalizado não significa, necessariamente, estar livre do esgoto e do descaso. Para intervir, colando peixes, dobraduras. Simples assim!
E, afinal, para que serve um rio? Para ouvir, descobrir. E que a nascente desse encontro deságue em outros rios. Que a foz dos nossos rios vire sempre uma nascente, um curso d’água que percorre! Que as geografias, coletivas e pessoais, plurais (com S!), transbordem gestos e gentilezas, e que estejam, cada dia mais, múltiplas, singulares, e perto de cada uma e cada um.

 
Daniel Libarino, Andrea Pires Magnanelli e Filippe Dotte

 

 

 

PATEO DO COLLEGIO

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PATEO DO COLLEGIO
RASTRO 1º ANO VESPERTINO

Atentos pela cidade
Imensidão de concreto e histórias
Por vezes, encontramos uma plantinha
Para trazer um pouco de natureza
Nesta cidade de transformações
 
Horas acolhe
Horas exclui
Tem muito barulho
E pouco silêncio
 
Por vezes é ódio
E outras amor
Cheia de oportunidades
Mistura culturas
Desperta saberes
 
Sigamos a descobrindo
Sugerindo mudanças
Fazendo o que podemos
Para tê-la e vivê-la melhor
 

Partimos do metrô Vila Madalena e desembarcamos na Sé, curiosos e curiosas pela experiência de vivenciar o Centro da cidade com o nosso Grupo. 
No marco zero da cidade, observamos a rosa dos ventos, a imensa Catedral, as pessoas que por lá circulavam e comparamos as fotos antigas (dizem alguns que não viram muita diferença!).
Já no Pateo do Collegio, pudemos ver a parede de taipa de onde “nasceu” nossa cidade, o mirante e o contraste que o hoje causa diante de um pedaço concreto da história.
Seguimos caminhando, sempre atentas e atentos às peculiaridades da região central, e escolhemos a Praça das Artes para fazermos nosso lanche. Ali, cercados de algumas manifestações artísticas, pudemos comer, conversar, observar e aguçar a escuta para os violinos, violoncelos e violões dos estudantes dali.
Encerramos nosso Rastro voltando pela estação São Bento, onde chegamos certos de que ainda há muito o que conhecer e viver pela nossa cidade!
Até o próximo ano, o próximo Rastro!

 Manoela Silva, Franco G. Sciarra e Filippe Dotte
 

 

PRAÇA DA LIBERDADE

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PRAÇA DA LIBERDADE

RASTRO GRUPO 5 VESPERTINO

Descobrimos que são ao Japão de metrô. Logo ali, na estação Liberdade, um pedacinho dele se levantou para nós. No nosso-Japão-do-centro-da-cidade, existe um jardim com um lago cheio de carpas, onde é preciso um desafio! No nosso-Japão, também vimos muita gente: japonesas, chinesas, nordestinas, bolivianas tocando flauta e até gente de são paulo! O Japão tinha cheiro de comida boa e muitos mercadinhos com ingredientes que conhecemos bem: shimeji, nori, tofu, cebolinha e shoyu! Lá no nosso-Japão, arrecada algo novas: sayonara, arigatou, konichiwa, ea patch foi imediata, com o tradicional gesto japonês com a cabeça: agradecimento e respeito.
Acompanhamento de tarde pela ruas do nosso-Japão-do-centro-da-cidade. Ele continuou aqui na Estilo, em um banquete que alimentou corpos e mentes, deixando a imaginação fazer a crer que o outro lado do mundo está apenas a algumas estações de distância de nós.
Sayonara
 

Heloisa M. Lima, Teca, Luana O. Arruda e Fillipe Dotte
 

 

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PRAÇA DO RELÓGIO (USP)

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RASTRO GRUPO 3 MATUTINO

 
PARA O RITO DE UMA PASSAGEM

E a casa saiu navegando
Levou um jangada a morar além da escola
Acompanhados de voos assobiando
Também nos punhos, panelas na sacola.

As crianças subindo a colina
têm feito macacos, pedra em pedra e
fogo na sua rua
.

 Andre Papineanu (autor do poema), Luiza Americano Grillo, Cristine Santos Dias e Filippe Dotte
 

 

PRAÇA DO RELÓGIO (USP)

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RASTRO GRUPO 3 VESPERTINO

Mãos que estão desempregadas para a primeira saída da Escola. Olhares falantes e atentos à nossa cidade, árvores, carros, cemitério, parque já conhecido e pessoas que, com passos apressados, desaceleram para acuar nas crianças sorridentes da van.
Agora são os pés que embalam os passos ansiosos para sentirem o chão de um espaço novo. Espaço já conhecido e freqüentado por crianças quando crianças e quando idosos universitários. Espaço que recebeu como marcas e os rastros das nossas mãos e nossos próprios olhos dia. Dia que se esperou chuva, mas despencou o sol numa quarta-feira azul.
Azul da imensidão do céu que nos cobria. Verde do bicho-folha encontrado. Marrom dos troncos das árvores que sentiam uma joaninha e como formas de seguir admiravelmente seus próprios caminhos. Cinza do relógio que dá nome à praça e às pedras que subeja tentando mais e mais alto a cada passo.
Pausa Piquenique para mais cores e sabores. De volta à brincadeira, não mais na praça, e sim na floresta e na floresta, como disseram as crianças! Lá, deixando os insetos feitos por nós. Pausa outra vez. O Rastro se encerra … Agora, os mesmos pés voltados para o chão da sala, com as certezas de nossas marcas foram profundas na nossa Praça e de que, ano que vem, tem mais!

Maiara Estácio, Maria Luisa N. Risi e Rosilene SV Castro

 

COOPERATIVA VIVA BEM

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RASTRO 4º ANO MATUTINO

 O Rastro desse período se relacionou com o estudo nos Projéteis: Lixo. Para isso, fomos até a Cooperativa Viva Bem. Durante o mês de outubro, as crianças leram artigos, viram imagens, fizeram pesquisas na Biblioteca Clarice Lispector e assistiram a documentários com o tema que envolve descarte de resíduos sólidos, reciclagem, reuso, poluição ambiental, arte com lixo…
A partir desses caminhos, elaboramos coletivamente um questionário para ser realizado com as(os) trabalhadoras(es) da Cooperativa. As(os) estudantes queriam saber se lá chega lixo eletrônico, quantos quilos de lixo recebem por dia, se ficam doentes por causa das toxinas do lixo…
Com as perguntas em mãos, chegamos logo cedo na Cooperativa. Fomos recebidos pela Cristina, que nos apresentou todo o espaço e mostrou como funciona a separação dos resíduos sólidos. Tudo o que chega passa por uma esteira, onde é separado em plástico, papel, alumínio… Depois vai para a prensa, é armazenado em um contêiner e, quando cheio, é vendido. São separados também pela cor. O que não pode ser armazenado na Cooperativa, ou seja, o material que não tem comprador, é identificado como “rejeito”, que é recolhido pela prefeitura e levado para um aterro sanitário. Eles também fazem coleta de isopor. Quando chegamos, havia um caminhão descartando montanhas e montanhas de isopor, que são prensadas e viram matéria-prima na fabricação de outros produtos.
Depois, em sala, fizemos uma conversa em que os estudantes puderam compartilhar suas impressões e vivências. “Fiquei sem expressão”, “Chocada com poucas pessoas trabalhando para o tanto de lixo”… Conversamos sobre o descarte no lixo comum de produtos que poderiam ter outro destino: pacote fechado de bolacha, bola, baralho de uno… “A gente viu uma T.V. funcionando… E ela estava no lixo”.
A partir dessa roda e de nossos estudos, questionamos a importância da coleta e o pouco reconhecimento que há nesse trabalho. Refletimos sobre o quanto consumimos, o que podemos mudar em nossos hábitos e, a partir desse percurso, surgiu um desafio: em todos os Rastros, costumamos levar copos descartáveis para o lanche. Qual alternativa podemos propor para evitar o uso desse material?

 Andrea Pires Magnanelli, Sofia F. Alves e Filippe Dotte