RASTRO 1º ANO MATUTINO
“O que dá o verdadeiro sentido ao encontro é a busca,
e é preciso andar muito para se alcançar o que está perto.”
José Saramago
Nesse novo rastro de 06 de novembro de 2017, demos continuidade ao que foi proposto ao nosso grupo no dia 25 de setembro de 2017. Olhar para fora. Olhar para o(a) Outro(a). Olhar para o público. Olhar para o funcionamento de um sistema complexo, em que uma peça (vagões, trens, funcionários e funcionárias, usuários e usuárias) está intrinsecamente relacionada à outra.
Fomos recebidos pela Irene, funcionária do CCO (Centro de Controle Operacional do Metrô de São Paulo). Ela nos explicou que as 71 estações do sistema, num total 80,2 km, funcionam como um carrossel: 4 milhões e duzentas mil pessoas são transportadas por dia, aproximadamente 2 mil pessoas por trem, sendo que um trem segue seu caminho a, no mínimo, 150 metros de distância do próximo, e assim sucessivamente. Nesse sentido, ações individuais implicam consequências no coletivo! Um usuário ou uma usuária que segura uma das portas de um vagão está, automaticamente, pausando todo o funcionamento do sistema.
Refletimos coletivamente sobre os meios de transporte mais utilizados na cidade. Entendemos que quanto mais as pessoas se locomovem via transporte público, no caso o metrô, menos carros, poluição e trânsito pelas ruas de São Paulo! Irene ressaltou que a malha metroviária é muito pequena, quando comparada à demanda da população de nossa cidade. Oferta e demanda não estão em equilíbrio na terra da garoa!
Ocupamos a rua, o metrô e o Centro de Comando. Nos implicamos com a beleza que nos torna humanos, as diferenças que existem entre as pessoas que cruzaram nosso percurso por esse rastro que fica dentro, onde os afetos se encontram!
Lucas Maia Benedetti, Vivian M. L. Lourenço e Filippe Dotte