Nossos estudos nos levaram a conhecer o Caminho das Índias, percorrido pelo processo de expansão marítima e comercial da nação entre as XV e XVII. Conhecemos os usos e valores das especiarias, um pouco da cultura portuguesa e também das culturas indígenas brasileiras da época. Fomos, então, ao CEAGESP as ervas frescas, que, em uma mistura da Europa, Brasil e Índia, se transformam em incensos feitos pelos estudantes para perfumar novos caminhos! Fechada nosso Rastro com um piquenique no pomar da Praça do Boa Vida e outras tantas brincadeiras por lá! Que delícia!
Dia de Rastro é sempre aquela animação! Os estudantes chegaram à escola animados para conhecer a Casa Bordada.
Que lugar é esse?
Uma casa?
De pano?
E o telhado?
E se chover?
Quem a bordou?
Essas e outras curiosidades surgiram antes mesmo de chegarmos ao museu. E, quando lá chegamos, todas as nossas indagações se transformaram em conhecimento! Todos nós nos entrelaçamos àquelas costuras! Descobrimos que bordadeiras do país inteiro deixaram suas marcas, seus bordados, e fizeram com que nossas histórias se alinhavassem às delas! Pássaros, Boi-bumbás, personagens do nosso Folclore, escritas, histórias bordadas e muita, muita vontade de ficar naquela Casa por uma tarde inteira apreciando tudo que conhecemos!
Nosso piquenique tradicional foi seguido de uma caminhada até a praça mais próxima e, no caminho… uma amoreira carregada de seus frutos fechou nosso passeio! Com as mãozinhas cheias de amoras, os estudantes chegaram à praça para brincar antes de voltarmos à escola, repletos de novidades para compartilhar!
Foi uma tarde deliciosa que queremos compartilhar com vocês! Apreciem!
Teca, Heloisa M. Lima, Luana O. Arruda e Fillipe Dotte
“O agora e o infinito Só o que me interessa” (Lenine)
Familiares do primeiro ano da manhã! Queremos dividir com vocês algumas palavras que ilustram um pouco do que vivemos no último dia vinte e cinco de setembro. Um rastro… que Rastro!
Preparamo-nos durante a semana anterior para o grande dia: andar, em grupo, no populoso Metrô de São Paulo. Montamos nosso mural inspiradas e inspirados nessa vivência, com linhas coloridas ziguezagueando o espaço e palavras escritas pelas crianças sobre o que esperavam encontrar. Colamos, juntas e juntos, os pássaros produzidos por vocês na reunião de familiares em polígonos, que nos serviram de fundo e de base para dar mais sustentação ao trabalho. Ensaiamos com professoras e professores da Estilo como seria a entrega dos pássaros em plena calçada da Avenida Paulista: o que vocês dirão na hora? E se a pessoa estiver com muita pressa e sequer parar para escutá-la(o)? E se o pedestre questionar “quanto custa esse trabalho”? Conversamos sobre a importância de nos adaptarmos à cidade, e não o contrário.
Foi um desafio grande. Para vocês, para nós e para as crianças. E, com muita organização, preparo e diálogo franco, conseguimos viver a Escola na Cidade e a Cidade na Escola – entendendo e respeitando as características de tempo/espaço pertinentes a cada lugar.
Nas plataformas das estações Vila Madalena e Trianon-Masp, caminhamos, antes e depois da escada rolante e da catraca, de olhos fechados e em fila, sob o piso tátil azul que é utilizado por deficientes visuais para orientarem-se. Em meio à correria do dia a dia, rotinas se entrecruzando nos passos apertados e acelerados, dissemos em alto e bom som, repetidas vezes: “Bom dia!”. E algumas micropausas aconteceram! Os passos velozes diminuíam e um sorriso tomava conta do rosto das pessoas, que, por vezes, nos retribuíam. Foi um acontecimento, uma brecha, uma pequena f(r)esta na rotina frenética daquelas pessoas. Inclusive para o “seu Vagner”, o Sílvio e o Pedro Machado, a equipe do Metrô que nos acompanhou na ida e na volta.
Na calçada da Paulista, emoção. Uma f(r)esta no planejamento do professor e da professora. Alegria, autonomia, organização, espontaneidade. Desejo de viver intensamente a relação. Com a(o) outra(o) – prosa curta, apresentação e convite: “aceita a(o) Zazu que nossas famílias produziram na reunião?”. Frustração por alguns “nãos” proferidos ali. Faz parte, é a rua. O “não” que faz crescer. Amadurece. Que gera incômodo e propulsiona o grupo para elaborar um novo convite. Ah! Que felicidade que sentimos quando a primeira pessoa aceitou a(o) Zazu! – inexplicável em palavras… êxtase coletivo! Comemoração, correria e muitos gritos e abraços (na paulista, segunda-feira de manhã). Vibramos uma(um) pela(o) outra(o), espalhamos um pedacinho do nosso fazer coletivo pela cidade. Um pedacinho das nossas letras, sílabas, parlendas, quadrinhas, literaturas… por meio de cada indivíduo, potencializamos o coletivo. Do primeiro ano, da Estilo de Aprender e da cidade de São Paulo. Infância: o agora e o infinito, intensamente!
Lucas Maia Benedetti e Vivian Lourenço
Dos livros-imagem às imagens de livros. As linhas escritas das palavras nas linhas que compõem ilustrações. Casa que se abre, vira estúdio. Vira desenho. Uma mistura de cavalo-marinho com unicórnio, com roqueiro, com punk … Vivendo repertórios e vivências, Vira Livro!
Afetuoso, generoso, brilhante. Adjetivos que serviriam para descrever um personagem literário se encaixam perfeitamente para o ilustrador / autor Thiago Lopes. Este, que abriu sua casa, seu local de trabalho, seus desenhos originais (…), seus livros. E, tarde tarde, junto com as crianças, literalmente, se fez história!
Franco de Godoy Sciarra, Manoela Silva e Filippe Dotte
Sexta-feira foi dia de vivenciar nossos estudos de geografias e ocupar um espaço importante da nossa cidade. Os preparativos começam na escola, juntamos as ferramentas e os métodos em direção à Praça. Chegando lá, sentamos à sombra de uma grande árvore – como as rochas foram escritas para uma conversa com Diego, que nos contou sobre a história daquele lugar …
Descobrimentos que fazem a sua própria mobilização para cuidar e transformar o espaço.
Depois de muito bate-papo, fui explorar e conhecer como plantas que habitam. Caminhamos entre elas, descobrindo espécies nativas da Mata Atlântica e aprendemos sobre o cuidar das árvores.
Sentamos novamente para um delicioso piquenique. Energias recarregadas!
Para finalizar, plantamos flores que os abriramos com um espaço também disponível!
Tarde de muitas trocas, aprendizados, experiências …
Marilia M. Bellintani, Sofia F. Alves e Filippe Dotte
Quando as crianças me viram abrindo o mapa das estações de metrô da cidade de São Paulo, perguntaram: “Nós vamos andar de metrô?”. A animação começou antes mesmo do passeio. Escolhemos, para esse primeiro Rastro do segundo semestre, um passeio a pé pelo Centro da cidade. Muitxs estudantes conhecem a cidade pelo vidro do carro, num ir e vir constante em que pouco conseguem parar e andar pé ante pé pelas nossas ruas.
Nosso passeio foi iniciado com o embarque na estação Vila Madalena, pegamos uma baldeação e seguimos viagem até a Sé. Lá, o encantamento começou com a vista da Catedral da Sé. Olhos para cima observando a arquitetura, estátuas… Um estudante comparou uma das janelas redondas com a mandala! A partir do estudo de circunferência em Espaço e forma, vimos e produzimos mandalas nas aulas de matemáticas.
Seguimos para o Marco Zero, um totem de forma hexagonal em que cada lateral marca a direção de seis importantes cidades brasileiras. Xs estudantes ficaram encantadxs com o desenho no chão da rosa dos ventos!
Continuamos nossa caminhada para o Solar da Marquesa de Santos, onde entramos e nos deparamos com a antiga construção e uma enorme banheira usada por ela! Depois fomos tomar nosso lanche no Centro Aberto, um espaço que promove um novo uso do espaço público. Sentados à sombra, pudemos recompor as energias para continuar nossa caminhada até o Theatro Municipal. Para chegar lá, passamos pelo “Monumento a Carlos Gomes”. A fonte estava ligada e todxs chegaram bem perto para se refrescar da andança!
De lá, fomos para a estação Anhangabaú, onde retornamos até a Barra Funda. As crianças voltaram do passeio bem animadas e muito interessadas em voltar e rever espaços como exposições na Caixa Cultural, Theatro Municipal e CCBB!
Andrea Pires Magnanelli, Sofia F. Alves e Filippe Dotte
E não é que ele veio !? Teve conversas e histórias para o leitor Matou nossa ansiedade, nosso futuro Ricardo Azevedo, o escritor
Depois de 3º Ano Vespertino ler o livro “Histórias de bobos, burros, burros e paspalhões”, de Ricardo Azevedo, feito um convite ao autor para vir a Estilo contar um pouquinho da sua experiência como escritor. Ele, numa roda de conversa, foi como processo de produção de suas obras. Contou a suas escolhas foram feitas, marcou a importância de ouvir a opinião do outro, de voltar atrás e a começar de novo, sempre fazendo tudo com dedicação e afinco. Com Ricardo Azevedo, passamos horas ouvindo suas histórias e vendo suas imagens. As olhares das crianças guardavam encantamentos, surpresas. Nosso tempo foi marcado por diversão, aprendizado e reflexão sobre uma produção de textos, imagens, escolhas, recomeços. Mais uma tarde, mais uma nova experiência, mais um dia especial!
Voltamos as férias e já fomos passear! A visita ao Museu Lasar Segall foi uma continuação das nossas experiências com o tema “O viajante artesão e os sinais da natureza”.
No semestre passado, conhecemos como xilogravuras do J. Borges e utilizamos uma prensa para gravar as nossas produções. No Museu, conhecedora mais sobre a vida e obra de Lasar Segall, artista que também produziu gravuras. Os estudantes chegaram com tantas perguntas que mudam o roteiro! Sentamo-nos no jardim e conversamos sobre os materiais, os processos, as obras e a vida do artista que moram na casa que hoje abriga o Museu. Assim, aproveitamos para conhecer algumas de suas esculturas e pudemos ver suas ferramentas e ateliê.
Retomando nosso roteiro original, fomos ao laboratório nossas próprias gravuras. Lucia e Hilton, educadores do museu, nos guiam pela mesma experiência em rolinhos, tintas, papel e muita imaginação.
O tempo foi curto … Terminamos a visita e não conseguimos ver todos os espaços do museu. Os estudantes se despediram com vontade de explorar mais. Por isso, deixar o convite para todos e todas retornarem ao Museu Lasar Segall!
Pois é, queridxs familiares, mais uma vez, rompemos os muros da Escola e fomos passear. Desta vez, o local escolhido foi o Parque Pelezão. Em uma manhã muito agradável de agosto, curtimos momentos de bastante brincadeira e aventura por lá. Foi uma delícia! Os estudantes estavam radiantes e curiosxs em saber o que lhes esperava.
Logo que chegamos, puderam brincar por um bom tempo no parquinho, repleto de brinquedos. Em seguida, saborearam um delicioso piquenique. Momento perfeito para que eu escondesse as pistas do Grande Caça ao Tesouro que estava por vir…
Nosso Tema teve seu disparo nesse Rastro. Tornamo-nos verdadeirxs detetives, procuramos, investigamos e exploramos boa parte do Parque atrás das pistas deixadas pelo nosso amigo Inspetor Bugiganga, que prometeu uma surpresa muito especial como tesouro. Depois de vários desafios, a última pista os levava ao maior de todos: encontrar o tesouro em uma imensidão de areia. Após muito cavarem, descobriram um grande kit de lupas para que, a partir daquele momento, se sentissem ainda mais detetives. Claro que, logo depois de encontrarem, investigaram muitas coisas com elas por lá. Ficaram realmente muito felizes!
Vamos continuar as explorações agora dentro dos muros da nossa Escola e, para sempre, lembraremos desse dia repleto de emoções e tão especial vivido por nós.
Até a próxima!
Julio Cezar P. C. Filho, Taynara A. R. Bustamante e Priscila C. S. Silva
Começando nossa viagem ao mundo do aula de aulas de Artes. Conhecemos e re-conhecemos o bordado, compartilhamos as vivências das nossas vidas e trouxemos bordados de casa, cada um contou uma história. Depois, fazer um rascunho para podermos, então, bordar. Imagens, aos poucos, foram aparecendo em meio às linhas. Pensamos também em bordar palavras para sermos deixadas como rastros em nossa saída.
E chegou o dia! Escolhermos visitar a Casa Bordada para ampliar nosso repertório. As crianças se encantaram com uma delicadeza e quiseram explorar cada detalhe. Os olhos atentos quase não são piscavam!
Em um segundo momento da nossa saída, o caminhamos até a página da revista a próxima vez que cada criança é excluída e expor sua palavra bordada. Deixamos bordinhas palavras como amizade, paz, gentileza, colorido, sabor para quem passasse por ali!