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Estilo

TECITURA DA NOSSA TEIA

By | Teia Antirracista

Foi uma noite muito especial. Iniciamos oficialmente a tecitura da nossa TEIA ANTIRRACISTA!!
Fizemos uma conversa sobre o reconhecimento e o compromisso com o futuro que desejamos para as nossas crianças, para a comunidade a nossa volta, para o mundo.
Contamos um pouco do percurso percorrido pelo coletivo até esse momento e conversamos sobre alguns dos conceitos que permeiam o letramento racial, instrumento estruturante da luta antirracista.
Passeamos pelas obras, ensinamentos e falas inspiradoras de Audre Lord, Bell Hooks, Silvio de Almeida, Grada Kilomba, Manoel Soares, Cida Bento, Lia Viener, Flávia Oliveira, Mano Brown, Tiago Rogero, Inaê Lopes dos Santos e Katiuscia Ribeiro.
Nosso desejo é mergulhar nos debates raciais e, por meio de ações concretas, promovermos uma educação decolonial e antirracista.
Por fim, deixamos aqui um provérbio africano* que nos inspira muito:

“Quando as teias de aranha se juntam, elas podem amarrar um leão”

* não conseguimos confirmar a qual povo em África ele é atribuído.

CASA DO LUIZ

By | Rastros

RASTRO DO 4º ANO VESPERTINO À CASA DO LUIZ

 

Quanto aprendizado mora em um Rastro? Sem dúvida, o afeto embutido na primeira saída do 4°AnoV é inquestionável!
O carinho e o cuidado com que a Dea e o Luiz abriram a porta da casa deles certamente ficarão guardados em nossa memória!
Durante a nossa visita, tomamos a dimensão do quanto comida é afeto, do quanto brincar é potente…
 
O que faz o fogo aumentar ou diminuir em um fogão à lenha?
Qual o cuidado e atenção que devo ter ao cortar tomates e banana?
O que colocamos primeiro na panela? Por quê?
Vai demorar para ficar pronto?
Como sentimos o tempo do preparo, do fazer, da natureza?
Essa brincadeira vem de uma outra que já conhecemos?
Como faço uma peteca?
Nunca joguei bolinha de gude, como é?
 
E, ainda, fomos surpreendidos e surpreendidas com…
Bolinha de gude na arena, feita com mandala de pedrinhas!
Tabuleiro de jogo da velha sem precisar riscar o chão!
Achei que não gostava de moqueca… mas resolvi experimentar! Que delícia!
Risadas,
Conversas,
Olhinhos arregalados,
Corpo correndo,
Corpo sentado,
Sabor,
Amor,
Troca,
Entrega…
 
O brincar como resgate da ancestralidade. O preparar e o comer como ritual de compartilhamento.
 
Ufa! Quanta coisa linda!
Perguntas e reflexões respondidas por meio da vivência! Da experiência! Da gratidão!
 
Quanto aprendizado mora em um Rastro?
Impossível quantificar…
 
Fê, Cami e Luiz

PRAÇA DOUTOR OTÁVIO PEREZ VELASCO

By | Rastros

RASTRO DO 2º ANO VESPERTINO À PRAÇA DOUTOR OTÁVIO PEREZ VELASCO

 

Vivenciar os caminhos, observar o ambiente, sentir os elementos da natureza, perceber as pessoas, estabelecer conexões com os lugares que habitamos, (re)conhecer a cidade. Pensar, investigar, refletir, imaginar… Quem será que construiu aquelas casas? Quem fez a praça? Quais histórias nós já ouvimos sobre essa praça? Alguém plantou essas árvores? Como podemos saber das coisas que já aconteceram por aqui?
 
Propostas com intencionalidades educadoras, além dos muros da Escola, possibilitam diversos aprendizados e incríveis descobertas! Assim foi o Rastro para a Praça Dr. Octavio Perez Velasco, chamada carinhosamente por nós de “Praça do Mariano”, no bairro Alto da Lapa, em São Paulo.
 
As crianças do 2º Ano Vespertino estavam muito animadas, mas, como a tarde começou chuvosa, talvez nossa saída tivesse que ser cancelada. Esperamos, ajustamos a rotina, fizemos atividades na sala de aula e, enquanto tomávamos o lanche, a chuva parou. Oba! Então, lá fomos nós: nosso Grupo, a Michele e o Marcelão!
 
Saímos a pé, passamos por algumas vielas e várias ruas, paramos para ver uma planta, aguardamos o semáforo e depois atravessamos, observamos casas e construções, alguns cães queriam conversar com a gente, lemos placas de sinalização, encontramos uma arte em um muro, era um mosaico do Charlie Chaplin, também vimos rabiscos e protestos em outro muro. Cumprimentamos pessoas, descemos a escadaria, caminhamos sobre o Riacho Tiburtino, escutamos o movimento das águas, achamos árvores frutíferas, chegamos na praça. Bebemos água, visitamos os gatos que moram por ali, brincamos (inclusive com uma outra criança que estava na praça), corremos, bagunçamos, pulamos corda, jogamos conversa fora, brincamos mais um pouco, até que chegou a hora de voltar.
 
Fizemos o caminho de volta entre conversas e narrativas do recente acontecimento, chegamos à Estilo cheios e cheias de histórias e memórias. Chegamos felizes. Compartilhamos a cidade, vivenciamos a coletividade, trocamos conhecimentos e ideias, aprendemos uns com os outros e umas com as outras, aprendemos com o ambiente, nos divertimos!
 
Obrigado, crianças, obrigado, companheiras e companheiros! Foi muito bacana compartilhar estes momentos com vocês!
 
Um abraço do Rex e da Keylla

O FUTURO ESTÁ NA CONSCIÊNCIA

By | Desencadeia

Nessa época do ano, em muitos lugares do mundo, como aqui no Brasil, passamos por um período em que o consumo chega a níveis extremos, a ponto de se medir a economia pelo volume de vendas comparando-o a anos anteriores. E comemorar o resultado, sempre que positivo 🙁

A publicidade e as marcas já, há muito tempo, conseguiram deixar para trás o verdadeiro sentido da proposta das datas comemorativas e substituí-lo por algo simplesmente comercial. Isso acontece em diversos outros momentos como dias dos pais, das mães, das crianças, dia dos namorados. Nem entraremos no estrago que faz a Black Friday, né? Vale um post só para esse dia!

O que fazer além de compras nessa época?

Estar presente, cuidar do próximo, agradecer, mandar uma mensagem podem ser mais significativos e verdadeiros do que comprar algo e entregar à pessoa. E, se achar que seja mesmo necessário presentear, mantenha relações sustentáveis, presenteie com algo seu, que lhe tem valor, faça você mesmo, e sempre prefira negócios locais, com produções responsáveis e éticas! Ah! Dá para ser criativo também no embrulho!! Não precisamos de embalagem em cima de embalagem! #NatalSemLixo
 
Nós, como consumidores, temos um grande poder em mãos na hora de comprar um produto. Podemos exigir de empresas que garantam relações justas de trabalho, respeitem a saúde humana e animal e o meio ambiente, sendo consumidores conscientes!
 
O consumidor consciente reflete sobre os seus hábitos de consumo e está atento à real necessidade do que consome. Busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade, maximizando as consequências positivas e minimizando as negativas de suas escolhas de consumo. A pergunta “Preciso realmente comprar isso?” está presente no seu dia a dia e é decisiva para evitar o consumo imediatista, que busca apenas a satisfação rápida.
 
Podemos praticar o consumo consciente por meio de gestos simples no dia a dia, como definir as características que precisamos no produto, escolher o fabricante considerando sua responsabilidade socioambiental na produção, fazer um uso otimizado do produto para que ele tenha uma vida útil mais longa e, por fim, definir uma forma de descarte adequada. Considerar o preço deve ser uma questão secundária.
 
É preciso também que o consumidor consciente cobre, enquanto cidadão, governos e marcas a fortalecerem leis que regulamentem os processos de produção e as substâncias permitidas nos itens de uso diário.

Situação do consumo mundial

Cerca de somente 20% da população mundial concentra o consumo de 80% de todos os produtos e serviços do planeta, segundo o Instituto Akatu, que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o tema. E, a cada ano, entram mais de 150 milhões de novos consumidores no mercado. Nos próximos 20 anos, estima-se que teremos três bilhões de pessoas desperdiçando alimentos, usando mais água no banho e comprando mais produtos em lojas físicas e virtuais…
 
As mudanças climáticas ou a questão dos lixões que se acumulam pelo mundo são as consequências desse modelo desastroso e mostram que temos de agir e mudar nossos hábitos de consumo. A obsolescência programada e o empenho da publicidade são o oposto do consumo consciente, por isso, devemos tomar muito cuidado para não cair nessas armadilhas.

Dia do Consumo Consciente no Brasil

No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente criou, em 2009, o Dia do Consumo Consciente, que acontece em 15 de outubro. O objetivo é despertar a consciência dos cidadãos para os problemas sociais, econômicos, ambientais e políticos resultantes dos padrões de produção e consumo insustentáveis praticados atualmente. Busca também alertar para o fato de que um produto ou serviço deve minimizar o uso de recursos naturais, materiais tóxicos, diminuir a emissão de poluentes e a geração de resíduos.

Consumidor consciente na prática

Antes de comprar, faça a si mesmo as 6 perguntas do consumo consciente:
Por que comprar?
O que comprar?
Como comprar?
De quem comprar?
Como usar?
Como descartar?

Assista!

Como inspiração, assistam ao vídeo “A história da mudança”, da série Story of Stuff, criada por Annie Leonard.

Vale também assistir ao documentário “Minimalismo”, de Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, em que pessoas que acreditam que bens materiais não trazem felicidade são entrevistadas e aborda a questão: menos é mais? Disponível na Netflix

 

O consumo consciente é um estilo de vida que garante a sustentabilidade da vida no planeta, em que o consumidor torna-se um agente transformador da sociedade por meio do seu ato de consumo e a ideia do supérfluo passa a ser coisa do passado.
 
Pratique o consumo consciente em pequenas e grandes compras, no supermercado, na farmácia, nas lojas de roupa e de tecnologia, na internet. Temos de ter consciência de que o produto que temos em mãos é de nossa responsabilidade. Temos de pensar bem como o usaremos, como podemos aumentar sua vida útil e como o descartaremos, se for o caso.
 
Pequenos gestos praticados por um número muito grande de pessoas geram grandes transformações!
Vai, mundo!

SÍTIO COPAÍBA

By | Rastros

RASTRO DO GRUPO 4 MATUTINO AO SÍTIO COPAÍBA

 
“Quem acha que a hora que a gente foi pro sítio a gente tava em outro mundo?”

Na quarta-feira, dia 14/12, fomos para “outro mundo”, para o Sítio Copaíba, em Joanópolis. Sítio de Renata Americano e Marcelo Mig, que, há mais de 30 anos, fazem um reflorestamento lá.
Foi uma grande aventura! Duas horas e meia de ida e uma grande expectativa: “Tá chegando?”; “Eu vi uma floresta lá, é a do sítio, né?”; “Eu já vi a sua casa!”.
Ao chegarmos, fomos muito bem acolhidos e acolhidas, tomamos um lanche e nos preparamos para uma trilha na mata com o plantador. Quem também nos recebeu foram os macacos sauás com seus gritos. Infelizmente, não conseguimos enconcontrá-los, só escutá-los bem pertinho! Na trilha, Mig nos contou que conhece cada uma das árvores da mata e que cada uma tem uma história. “E qual a história dessa? E dessa?”. Queriam saber as curiosas crianças. Conhecemos a Copaíba, o Pau-Jacaré, o Olho de Cabra, e uma das crianças reconheceu o tronco que tinha visto em nossos livros, que descobrimos ser do Guapuruvu. Passeamos na beira da represa e, durante toda a nossa trilha, fomos acompanhados e acompanhadas pelos cachorros Pisc e Migo, uma que ama buscar a bolinha que as crianças jogavam e um que ama carinho. Almoçamos quase três pratos de nhoque cada um e cada uma e, depois, brigadeiro! Brincamos nas gangorras, casinha na árvore, escorregador e, para terminar a visita, andamos na caçamba da tobada (um minitrator)!!!
Foi muito especial. Voltamos capotados e capotadas no ônibus, sonhando com esse “outro mundo” e com tudo de especial que vivemos nesse dia.

JOSEFA MARIA DE SANTANA

By | Biografias

Josefa Maria de Santana é uma mulher que nasceu em Recife, no dia 23/09/1977. Filha de Maria José de Santana e José Antonio de Santana, ela tem 7 irmãos e um deles, o mais novo, já morreu. Ela foi casada com Luiz Albertino da Silva.
Trabalhou com limpeza, cuidadora, gráfica, diarista e trabalha hoje como administradora da equipe de limpeza na Escola Estilo de Aprender.
Há 17 anos, estudou em Morato Jardim Silva II. A comida preferida dela é a feijoada da mãe dela. Ela gosta de trabalhar com crianças de idades diferentes, sair e descansar. Nós enxergamos a Zefa como uma mulher trabalhadora, cuidadosa, está sempre disposta e poderosa.

Biografia escrita pelas estudantes e pelos estudantes do 3º Ano Matutino de 2022. Foram respeitadas as hipóteses das crianças.

PLANETA INSETO

By | Rastros

RASTRO DO GRUPO 4 VESPERTINO AO PLANETA INSETO

 
Nada mais significativo do que encerrar o semestre com um Rastro.
Os discursos propostos neste ano (Borboletas, Identidades, Abelhas e Transformações) proporcionaram muitos transbordamentos, e a proporção foi tanta que visitar o Museu do Instituto Biológico com a exposição Planeta Inseto nos oportunizou finalizá-los de uma forma muito divertida e para lá de curiosa.
Entrar na van, conhecer um novo espaço, compartilhar conhecimentos, tomar lanche fora da escola, ocupar espaços com infância são momentos marcantes para qualquer criança.
Foi uma delícia acompanhar os olhinhos curiosos pela janela da van, os corpos saltitantes de animação, as perguntas que pareciam infinitas diante de tantas novidades.
As fotos e vídeo que lhes seguem são um lindo registro dessa finalização para lá de especial.

Abraços
Babi, Luana e Dani

NÚCLEO DE CULTURA E EXTENSÃO DE ARTE AFRO-BRASILEIRA USP

By | Rastros

RASTRO DO 2º ANO E DO 3º ANO VESPERTINOS

NÚCLEO DE CULTURA E EXTENSÃO DE ARTE AFRO-BRASILEIRA USP

 
Salve, Familiares!

Iê Viva meu Mestre…
Iê quem me ensinou…

Após esses encontros com a Capoeira Angola às quartas feiras, vivenciamos um momento especial com a base da Linguagem da Capoeira num espaço de resistência… O Barracão!!!
Perguntas e respostas numa dança de mistério e encantamento, sorriso e mandinga não faltaram…
A linhagem do Saudoso Mestre Gato Preto, Mestre Pinguim, continua em cada corpo que se movimenta e fala..
Até a próxima roda…

Adeus a Deus, boa viagem!!!

Andrezão

NÚCLEO DE CULTURA E EXTENSÃO DE ARTE AFRO-BRASILEIRA USP

By | Rastros

RASTRO DO 2º ANO E DO 3º ANO MATUTINOS

NÚCLEO DE CULTURA E EXTENSÃO DE ARTE AFRO-BRASILEIRA USP

 
Salve, Familiares!

Iê Viva meu Mestre…
Iê quem me ensinou…

Após esses encontros com a Capoeira Angola às quartas feiras, vivenciamos um momento especial com a base da Linguagem da Capoeira num espaço de resistência… O Barracão!!!
Perguntas e respostas numa dança de mistério e encantamento, sorriso e mandinga não faltaram…
A linhagem do Saudoso Mestre Gato Preto, Mestre Pinguim, continua em cada corpo que se movimenta e fala..
Até a próxima roda…

Adeus a Deus, boa viagem!!!

Andrezão

SILVIO DE ALMEIDA

By | Biografias

Silvio Luiz de Almeida nasceu no ano de 1976, na cidade de São Paulo. Se formou mestre em Direito Político e Econômico e se graduou em Direito. Estudou Filosofia na Universidade de São Paulo, só finalizando o curso em 2011. Nessa época, se tornou doutor em Direito pela mesma universidade.
Em seus estudos, Silvio costumava propor uma visão de protesto em questões pessoais e também políticas, principalmente aquelas ligadas em desigualdade social e as minorias. Ele fez suas pesquisas em quatro linhas de atuação: racismo estrutural, estado e direito no pensamento social brasileiro, boas práticas antdiscriminatórias e a ligação entre teorias econômicas e filosofia do direito.
Silvio fez três livros: “Racismo Estrutural”, “Sartre – direito e política: ontologia, liberdade e revolução” e “O Direito no Jovem Lukács: A Filosofia do Direito em História e Consciência de Classe”. Também colaborou como escritor para alguns títulos coletivos, como “Marxismo e questão racial: Dossiê Margem Esquerda”. Também fez edições da Revista “Margem Esquerda”.
Silvio de Almeida foi entrevistado pelo programa Roda Viva e participou do “Center os Latin American and Caribbean Studies”. Ele inspirou um clube de livros, e também diversas pessoas organizavam uma lista cheia de autoras que foram sugeridas por ele.
Silvio de Almeida é presidente do Instituto Luís Gama e é professor de várias faculdades e universidades.

Biografia escrita pelas estudantes e pelos estudantes do 3º Ano Vespertino de 2022. Foram respeitadas as hipóteses das crianças.