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ECONOMIA CIRCULAR

By | Desencadeia

Vivemos em um planeta muito inteligente. Um grande organismo vivo que se autorregula em um processo cíclico. A energia é provida pelo Sol e tudo o que ”sobra” de uma espécie é alimento de outra (não existe lixo). Tudo nasce para depois morrer e se transformar em energia para o ambiente novamente. Um ciclo que funciona em harmonia.

Aí, aparece o ser humano para desequilibrar essa balança e atrapalhar os serviços ecossistêmicos que se suportaram ou se recuperaram.

Fred Gelli, fundador e diretor criativo da Tátil Design de Ideias e sócio fundador da consultoria estratégica Cria Global, apaixonado por biomimética, faz uma comparação perfeita de nossa situação em suas palestras:

Chegou a hora de reinventarmos nossa presença no planeta, e as novas marcas que aparecem já surgem a serviço desse processo evolutivo que a espécie humana precisa passar.

A economia circular, um conceito baseado na inteligência da natureza, surge como solução para minimizar o impacto humano no meio ambiente, pois propõe uma mudança em toda a maneira de consumir, do design dos produtos até nossa relação com as matérias-primas e resíduos.

Nosso sistema produtivo gera um grande acúmulo de resíduos e a exploração excessiva de recursos naturais, dois problemas que precisam ser revistos urgentemente!

Vivemos em um sistema linear que extrai, utiliza e descarta. A obsolescência programada gera resíduos que não recebem novos usos e se acumulam em lixões, aterros sanitários e no oceano. De acordo com dados do IBGE, cada brasileiro produz quase um quilo de lixo por dia, ou seja, são 183 mil toneladas diárias no país todo.

E, como dissemos anteriormente, o esgotamento de matérias-primas também é uma grande preocupação. De acordo com relatório da Ellen MacArthur Foundation, organização que estuda e estimula a adoção da economia circular, 65 bilhões de toneladas de matéria-prima foram inseridas no sistema produtivo mundial em 2010. O instituto projeta que, até 2020, essa quantidade terá subido para 82 bilhões de toneladas por ano.

O design tem um papel fundamental na transição para a economia circular, pois criará novas oportunidades de negócio, aumentará a reutilização e reciclagem, trará questões de segurança material e humana, e, por consequência, ajudará no desenvolvimento econômico sustentável.

Como seria possível mudar esse paradigma?

Novamente, “jogamos a conta nos designers”. E, sempre lembrando, designer somos todos nós, como escrevemos em um post anterior!

Existem ferramentas para o designer projetar de forma circular.

• O estágio inicial de design é o melhor momento para prolongar a vida útil de um produto e, quando se utiliza a ferramenta do design para longevidade, lidamos com duas questões: durabilidade física e durabilidade emocional.
Diretamente ligados às questões da obsolescência programada e percebida, existem alguns guias que podem ajudar a criar produtos com durabilidade física, como o tipo de material usado para aquela finalidade, acabamento, costura, encaixe, cola, qualquer tipo de acabamento que seja usado no produto para que ele seja adequado e que dure o máximo possível.
Ele pode ser projetado também com a ideia de conserto. Se projetar um produto que seja possível ser consertado conforme ele quebre, em que só algumas peças possam ser removidas para que elas sejam consertadas, esse produto tem uma vida útil mais longa.
Com relação às finalidades desse produto, também podemos pensar em algo que seja multifuncional, como um eletrodoméstico que pode cortar, picar, triturar, que tenha várias funções embutidas em um mesmo objeto. Isso faz com que o utilizemos muito mais vezes sem precisar de outros produtos e que mantenhamos por muito mais tempo por conta da sua utilidade.
Outra coisa que podemos ter em mente quando estamos desenhando um produto para longa duração é como o consumidor vai mantê-lo em casa e se conseguimos ajudá-lo a cuidar desse produto da maneira correta.
A durabilidade emocional está diretamente ligada com a conexão do consumidor com o produto, e faz referência e tem relação com as questões estéticas e atemporais do mesmo. Uma maneira muito eficaz é trazer o consumidor para perto da criação e da produção, e cocriar junto com ele o produto que ele mesmo vai consumir.

• Outra ferramenta é o design para serviço. O serviço supera o paradigma do produto e deixa de ser centralizado em um único bem. Ele transfere a posse de um produto para o acesso a esse produto, que é o que propõe a economia compartilhada e o consumo colaborativo. Não precisamos ter um produto contanto que tenhamos acesso a ele. O design de serviço propõe a criação de plataformas que possibilitem a transição desses produtos por várias mãos. Assim, não precisamos vender mil produtos para mil pessoas diferentes, podemos ter um produto que circulem por 1000 pessoas diferentes. Isso, claro, reduz a quantidade de recursos usados nas produções e possibilita o prolongamento da vida útil desse produto.

• Uma terceira ferramenta é o design para reuso na manufatura. Então, eu desenho produtos ou embalagens pensando numa segunda vida útil para elas, ou na reutilização ou retorno delas para a indústria, para que possam servir como embalagens ou produtos novamente para as pessoas.
Mas, para isso, temos de ter em mente algumas coisas. Precisamos ter um sistema de coleta e devolução dessas peças e que elas podem passar por pequenos processos, ajustes ou reparações e higienização, mas não voltam para a indústria para serem reprocessados de novo.
Um bom exemplo disso são as garrafas de vidro retornáveis, de bebida, refrigerante, cerveja e leite. Depois de usarmos, se dermos o destino correto para elas, podem ser higienizadas e voltam como embalagem para novos produtos por muitos ciclos. A reutilização dessas embalagens de vidro por muitos ciclos faz com que economizemos em até 95% nas emissões de CO2 na produção de vidros a partir de matéria-prima virgem.

• O design para desmontagem significa conceber produtos que sejam facilmente desmontados no final da sua vida útil, para que os componentes e as partes desmontadas deles possam ser reutilizadas em novos produtos ou novos ciclos.
Para isso, podemos usar alguns guias para desmontagem, como usar componentes facilmente separáveis no final, usar essas junções, colas, fechamentos que sejam facilmente destacados, prever tecnologias e ferramentas que possam ajudar na separação desses materiais.

• O design para recuperação de materiais é a última ferramenta que será apresentada, pois corresponde ao último percurso do design circular, que é a reciclagem.
A reciclagem pode vir de dois meios: do pré-consumo e do pós-consumo. Os resíduos pré-consumo são aqueles que são encontrados nas fábricas, que são rejeitados durante os processos de produção. E os resíduos pós-consumo são aqueles que são do descarte do consumidor, roupas e produtos que não querem mais e podem ser devolvidos para as lojas, para os fornecedores, ou coletados por outras empresas para que sejam reciclados.
Os produtos ou embalagens provenientes do pós-consumo precisam de um sistema de coleta, de separação, para que possam ser reprocessados novamente na indústria e transformados em novas matérias-primas.
Lembrando sempre que as alternativas de reciclagem atuais operam sobre bens de consumo que não foram projetados com este cuidado.

O que era fim é só um novo começo

Confira o vídeo da Fundação Ellen MacArthur que ilustra de maneira simples o que é economia circular.

A transição para uma economia circular não se limita a ajustes visando a reduzir os impactos negativos da economia linear. Ela representa uma mudança sistêmica que constrói resiliência em longo-prazo, gera oportunidades econômicas e de negócios, e proporciona benefícios ambientais e sociais. Um trabalho de criatividade e inovação que cabe a todos nós: governos, marcas e sociedade!

Vai, mundo!

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DIA DA SOBRECARGA DA TERRA

By | Desencadeia

De acordo com a Global Footprint Network, organização internacional pioneira no cálculo da Pegada Ecológica, foi em 29 de julho de 2019 que a humanidade esgotou os recursos naturais que o planeta é capaz de renovar em 2019.

O Dia da Sobrecarga da Terra marca a data a partir da qual o consumo de recursos naturais ultrapassa a capacidade de regeneração dos ecossistemas para esse ano. Nos últimos 20 anos, essa data já se antecipou 3 meses, quando, neste ano, tivemos o tempo mais curto já registrado desde que o planeta entrou em déficit ecológico no início dos anos 70. Em outras palavras, atualmente, a humanidade usa os recursos equivalentes de 1,75 planetas Terra.

Para determinar a data do Dia da Sobrecarga da Terra para cada ano, a Global Footprint Network calcula o número de dias desse ano para que a biocapacidade do planeta (quantidade de recursos ecológicos que a Terra é capaz de gerar naquele ano) seja suficiente para suportar a Pegada Ecológica da humanidade. A Pegada Ecológica contabiliza toda a área biologicamente produtiva necessária para suportar as necessidades de um indivíduo ou a população de uma dada região em termos de alimentação, fibras, produtos florestais, sequestração de carbono e área para infraestruturas. Assim, o Dia da Sobrecarga da Terra é calculado dividindo a biocapacidade do planeta pela Pegada Ecológica da humanidade (demanda da humanidade para aquele ano) e multiplicando por 365 o número de dias em um ano. O restante do ano corresponde ao overshoot global.

Estamos esgotando o capital natural do nosso planeta, comprometendo ainda mais a capacidade regenerativa no futuro. Os custos deste excesso tornam-se cada vez mais evidentes em todo o mundo, sob a forma de desflorestação, erosão dos solos, perda de biodiversidade e acumulação de dióxido de carbono na atmosfera, levando a alterações climáticas e a secas, incêndios e furacões cada vez mais graves e violentos.

E o nosso impacto degenerativo continua crescendo. A maneira como consumimos e o que consumimos está completamente ligada aos impactos negativos que o planeta vem sofrendo. Precisamos desfazer o dano que fizemos onde isso ainda é possível (para dezenas de milhares de espécies que levamos à extinção por nossas ações, já é tarde demais!). Precisamos de diversas culturas regenerativas em todos os lugares.

Como podemos mudar esta data?

 

Se o Dia da Sobrecarga da Terra fosse adiantado 5 dias todos os anos até 2050, seria possível retornar ao nível em que usávamos os recursos de um só planeta. Existem diferentes maneiras de reduzirmos nosso impacto no mundo, segundo Eloisa Artuso, diretora educacional do Fashion Revolution Brasil e professora de Design Sustentável na Escola São Paulo:

– Atualmente, as emissões de carbono representam 60% da Pegada Ecológica da humanidade. A redução de 50% do componente de carbono da Pegada Ecológica moveria 93 dias, ou seja, mais de 3 meses, e o consumo de 1,7 planeta passaria para 1,2.

– Ao reduzir o uso de carros em 50% em todo o mundo e assumir que um terço serão substituídos por transporte público e o restante por ciclismo e caminhada, seriam ganhos 12 dias.

– Se 50% do consumo de carne for substituído por uma dieta vegetariana, a data se moveria 5 dias.

– Se cada 2 famílias do mundo tivessem 1 filho a menos, se moveriam 30 dias até 2050.

– Se o desperdício de comida no mundo fosse reduzido pela metade, se moveriam 11 dias.

Pesquisadores da Global Footprint Network e da Schneider Electric estimaram que, caso fossem implementadas diversas tecnologias atualmente disponíveis em edifícios, processos industriais e na produção elétrica, a data poderia ser movida por, pelo menos, 21 dias, sem qualquer perda de produtividade ou conforto.

Segundo Daniel Christian Wahl, autor do livro “Designing Regenerative Cultures”, uma pequena proporção da humanidade (os 15% mais ricos da população mundial, por renda e riqueza) tem causado a maior parte do dano, enquanto toda a humanidade sofre as consequências. Seguindo alguns passos na Global Rich List, podemos ter mais claro quais países são os maiores contribuintes para estes danos.

O “Earth Overshoot Day” (Dia da Sobrecarga da Terra) tem se movimentado para ser cada vez mais cedo a cada ano. Ou seja, estamos piorando as coisas a cada ano ao invés de restaurar as funções saudáveis ​​dos ecossistemas e criar diversas culturas regenerativas em todos os lugares.

É hora de construir um movimento global para “mover a data” e acabar com a sobrecarga! Se você quiser se envolver em uma campanha global para compartilhar soluções sobre como #MoveTheDate, a Global Footprint Network acaba de tornar isso possível. Confira o mapa aqui.

Clicando aqui, você pode calcular uma estimativa aproximada da sua própria pegada ecológica. O resultado pode ser assustador, mas incentivador ao mesmo tempo!

Vai, mundo!

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AQUAFIL

By | Desencadeia

A reciclagem é um processo essencial para consertarmos os erros que cometemos até então. Extraímos matérias-primas da natureza para a fabricação de produtos e chegamos a um ponto em que não temos mais onde colocar toda essa sobra, depois de descartada. Por meio da reciclagem, a transformamos em algo novo e diferente, seja por upcycling ou downcycling.

Mas existem outros processos que nos permitem não mais precisar extrair da natureza para produzir algo. A regeneração é um deles!

A empresa italiana Aquafil criou o fio de nylon regenerado Econyl, produzido a partir do nylon descartado nos aterros sanitários e oceanos pelo mundo. Exatamente igual a um fio de nylon novo, pode ser reciclado e reutilizado quantas vezes for preciso. Segundo a Aquafil, a regeneração trabalha na oposição da reciclagem, pois atua em um circuito fechado, ou seja, o fio de nylon pode ser regenerado e renascido inúmeras vezes, sem perda de qualidade. Assim, podemos criar e comprar novos produtos sem ter que usar novos recursos, fechando o ciclo e desencadeando infinitas possibilidades aos designers, afinal, são eles que mudarão o mundo!

Além de ajudar a manter os resíduos fora dos oceanos e aterros sanitários, o uso do nylon regenerado diminui a utilização de combustíveis fósseis (o nylon virgem é derivado do petróleo) e reduz pela metade a quantidade de emissões de carbono em comparação com a produção de nylon.

A Aquafil trabalha também pela regeneração de redes de pesca descartadas e pela reciclagem de carpete: o mundo descarta milhões de toneladas de carpetes todos os anos, e a maioria é aterrada ou incinerada (atualmente, menos de 5% é reciclada). Dessa forma, a empresa transforma resíduos em larga escala, fazendo com que redes de pesca retiradas do oceano e carpetes retirados de prédios de escritórios demolidos voltem a ser novas fibras, prontas para renascerem em novos produtos.

A marca oferece incentivo aos pescadores para entregar e descartar adequadamente as redes de pesca gastas, mantendo-as fora do mar. Em uma parceria com a ONG Healthy Seas Initiative, mergulhadores vasculham o fundo do oceano à procura de redes de pesca velhas descartadas, reduzindo cerca de 640.000 toneladas deste material que estão à deriva nos oceanos e que representam uma ameaça constante à vida marinha.

Essa poliamida regenerada é usada para produzir uma ampla gama de produtos têxteis para moda praia, moda esportiva, roupa de banho e tapetes. A Outerknown, uma marca de roupas 100% sustentável, do surfista Kelly Slater em parceria com o renomado designer de moda masculina John Moore, aposta em tecidos diferenciados e inovadores que possam fazer parte de uma cadeia sustentável, como é o caso da coleção Evolution Series, cujas jaquetas e bermudas são produzidas com um tecido especial, vindo de Econyl.

A marca de jeans Levi’s Strauss & Co. já havia introduzido novas tecnologias para diminuir o consumo e reciclagem da água nos processos de tingimento e lavanderia em suas fábricas e incentiva as pessoas a não lavarem com frequência suas peças jeans. Agora fez uma parceria com a Aquafil, em que o Econyl é incorporado no jeans Levi’s 522 masculino, com uma composição de 61% algodão, 38% poliamida (Econyl) e 1% elastano.

Aquafil, agradecemos o dispêndio em tecnologia. Sabemos que custa dinheiro investir em pesquisas, mas é um bem necessário!

Outerknown e Levi’s, agradecemos a participação!

Vai, mundo!

 

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SOAPACK – O SHAMPOO FORA DA CAIXA

By | Desencadeia

A gente acredita nos designers e no potencial deles em mudar o mundo.

Quando colocam em prática exercícios de tirar algo de seu lugar “habitual”, enxergam o mundo com outros olhos. Um exercício maravilhoso, que pode ser feito por qualquer um!

Práticas como o “Design Thinking” não recebem esse nome à toa, mas sim porque esses profissionais são preparados para pensar fora da caixa!

 Como ninguém tinha pensado nisso até hoje?
 
A designer chinesa Mi Zhou, em seu trabalho de conclusão de curso na Central Saint Martins – Universidade de Artes de Londres, onde realizou sua pós graduação em design industrial, criou um frasco de xampu e cosméticos feito de sabão, o Soapack, que dura até 2 meses. Os frascos dos cosméticos se dissolvem quando entram em contato com a água, assim, a pessoa utiliza o xampu e a embalagem se decompõe antes mesmo de virar lixo.
 
Considerando que uma pessoa utiliza, em média, 800 embalagens plásticas de xampu na vida e que existem mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, estas embalagens representam mais do que uma solução, mas a saída para um mundo mais sustentável!
 
Não encontramos um fabricante ainda que já utiliza essas embalagens… Pena. Mas torcemos para ser uma questão de tempo.
 

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VERT

By | Desencadeia

A gente adora quando alguém olha a natureza e pessoas que seriam facilmente exploradas e transforma isso em um negócio justo e sustentável. São os designers, capazes de mudar o mundo!

A VERT é um exemplo disso!

Em uma viagem ao Brasil, os franceses e amigos de infância François-Ghislain Morillion e Sébastien Kopp sentiram-se encantados com a floresta Amazônica e com todos os recursos naturais e humanos encontrados no nosso país.

Apaixonados pela cultura sneaker, decidiram criar uma marca de tênis com um propósito diferente, que transmite valor em sua concepção. Um produto de moda atemporal, com design urbano e minimalista, que respeita em sua cadeia produtiva a natureza e o ser humano.

Todas as solas dos tênis VERT são feitas com borracha nativa da Amazônia a partir de um processo que prepara a borracha ainda dentro da floresta, sem químicos e sem a necessidade de intermediários. A marca compra a borracha diretamente de três associações de seringueiros, o que permite uma melhor remuneração aos seringueiros, pagando um preço diferenciado pelo látex, valorizando o trabalho desses trabalhadores e ajudando a luta contra o desmatamento.

E assim acontece com praticamente todo o restante da composição do tênis: o algodão vem de uma cooperativa de pequenos agricultores familiares do semiárido nordestino; quanto ao couro, a empresa se certifica de que o gado não venha da Amazônia, onde a criação de gado é um dos fatores principais do desmatamento; todas as peles utilizadas pela VERT são curtidas em processo low-chrome, que diminui drasticamente a poluição nas águas residuais e seu efeito no meio ambiente.

Contrariamente à tendência atual de importar produtos fabricados na Ásia, a VERT faz questão de produzir seus tênis no Brasil, onde a legislação garante e fiscaliza os direitos dos trabalhadores. Além disso, acompanha diariamente a produção nas fábricas e ateliês com os quais trabalha. Auditorias sociais são realizadas anualmente.

No entanto, a marca faz questão de esclarecer que não é um projeto perfeito. É uma experiência, um projeto em andamento, com seus limites e aperfeiçoamentos necessários. Os cadarços não são de algodão orgânico, a espuma para dar sustentação ao cano dos tênis é um produto sintético feito à base de petróleo, para atender a todas as propriedades técnicas necessárias às solas e palmilhas, ainda é preciso utilizar diversos componentes, incluindo borracha sintética. Um plano de reciclagem dos tênis ainda não foi estabelecido.

A gente adora quando alguém olha a natureza e pessoas que seriam facilmente exploradas e transforma isso em um negócio justo e sustentável!

Na VERT, o perfeito ainda não chegou, mas está a caminho.

Vai, mundo!!

 

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REINVENTÁRIO

By | Desencadeia, Estilo Lixo Zero

O Desencadeia deu início a mais um projeto dentro da Estilo que pretende envolver a comunidade do entorno e os comércios locais para revitalizar objetos que são considerados “lixo”, mas que podem ser reaproveitados na escola, nas atividades com as crianças!
Para começarmos, convidamos todas e todos vocês a trazerem à Estilo materiais de casa que seriam descartados. É um convite para dedicarem um olhar especial para materiais e embalagens de suas casas: imaginem-nos se transformando nas mãos de professoras, professores e crianças para concretizar ideias dos Temas trabalhados com os Grupos! Vejam abaixo algumas ideias:
 
tampinhas de garrafa pet
bandejas de isopor
potes de vidro
chapas de raio X
elementos da natureza secos
rolhas de vinho
CDs/DVDs
rolinhos de papel higiênico
embalagens Tetra Pak abertas e secas
retalhos de fitas e cordões
arame de embalagem de pão
redinhas plástica de frutas
embalagens de acetato (ou outros que tenham transparência)
tampinhas de canetinha
papelão
garrafas pet
objetos compostos que precisem de dissecação, como brinquedos ou pequenos equipamentos com placas elétricas
badulaques piscantes que perderam suas pilhas
 
É importante que todos os materiais venham limpos e secos.
Construiremos um espaço na Estilo chamado “Reinventário”, onde estes objetos valiosos ficarão armazenados e disponíveis para uso da escola.
Pedimos que entreguem todos estes materiais na secretaria.
 
@_desencadeia e Estilo de Aprender

QUAL É O TAMANHO DO “LIXO” QUE PRODUZIMOS?

By | Desencadeia, Estilo Lixo Zero

Você sabia que o Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, com 11,3 milhões de toneladas por ano, ficando apenas atrás dos Estados Unidos, China e Índia? Dessa quantidade, 91% é coletada, mas apenas 1,28% é efetivamente reciclada. O restante destina-se aos aterros sanitários e lixões a céu aberto…
Lemos e ouvimos muito sobre a quantidade de lixo que o mundo produz, mas ver pessoalmente pode ser mais impactante do que mil palavras. Já pararam para pensar no tamanho do lixo que geramos em nossas casas em uma semana? Propomos um desafio a toda a comunidade da Estilo de Aprender: cada um e cada uma juntou todo os materiais recicláveis que consome em UMA SEMANA!
Todo plástico, papel, alumínio e vidro que compôs o “lixo” ficou exposto no estacionamento da Estilo.
Todo o material coletado na Estilo foi para a cooperativa YouGreen no final do dia, mas… tudo será reciclado?
 
Nossa ideia foi fazer uma reflexão acerca do que consumimos. Qual a diferença entre reciclável e reciclado? Será que o planeta Terra tem fonte inesgotável de matéria-prima para a produção de embalagens, caixas, sacolas etc.? O que é economia circular?
Qual é o reflexo que vemos quando nos olhamos de frente? Qual a história que escrevemos quando pensamos em entregar o mundo? O que temos nos define o ser? Sabemos as respostas, mas quando a falaremos sem cerimônia? Quando a entenderemos e transformaremos o vivido? O desperdício é a face comum da nossa sociedade. O consumo é a nossa alma. O descarte é a nossa ação. A ignorância é o nosso lixo. Quando mudaremos o nosso reflexo impresso naquilo que fingimos não ser mais nosso?

Equipe Estilo de Aprender e Desencadeia
 

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QUANDO ENTENDEMOS DE ONDE VÊM AS COISAS, MUDAMOS NOSSO OLHAR PARA ELAS

By | Desencadeia, Estilo Lixo Zero

Palestra com Carol Piccin

Para finalizarmos a Semana Lixo Zero na Estilo, realizamos uma palestra para educadoras e educadores com Carol Piccin, CEO da MateriaLAB, empresa que constrói trajetórias inovadoras e sustentáveis, objetivando a criação de produtos e negócios de impacto positivo para a sociedade e o planeta.
Carol é criadora da primeira e única materioteca do Brasil, tendo catalogado já mais de 600 materiais. Ela nos contou como podemos transformar materiais que seriam descartados, direcionando um novo olhar a eles. Certamente, sua experiência enriqueceu muito o trabalho da Estilo, que sempre procura refletir sobre o quanto é importante reaproveitar aquilo que não utilizamos, tentando encontrar uma solução para materiais que não seja o descarte no meio ambiente! 
A Estilo tem um projeto de envolver a comunidade e o comércio locais para revitalizar objetos e materiais que são considerados “lixo”, mas que podem ser reaproveitados na escola, nas atividades com as crianças!
 

 Equipe Estilo de Aprender e Desencadeia

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JÁ LEU? DOE! NÃO LEU? PEGUE!

By | Desencadeia, Estilo Lixo Zero

Apego pelo que não se pode ter. Posse pelo que é do humano: a arte de escrever, de contar histórias, de encantar imaginação, de criar mundos paralelos. Desapegar de livros é devolver ao mundo seu sentido mais potente. Fazer circular a palavra faz parte da dança da natureza humana. Vontade de ser e estar na vida de pessoas que não podemos controlar. 

Uma das atividades que a Estilo e o Desencadeia realizam na Semana Lixo Zero é “Já leu? Doe! Não leu? Pegue!”. Trata-se de um espaço destinado para a troca de livros entre a comunidade da Estilo e da Lapa! Ao lado do ponto de ônibus, instalamos um móvel permanente para deixarmos livros que já lemos, relemos e estão prontos para irem para as mãos de outras e outros leitores! Assim, todos os dias, familiares, crianças, professores e pessoas que utilizam o ponto de ônibus e transitam pela rua Pio XI poderão deixar um livro e/ou retirar outro, a qualquer momento. Por isso, livros de diferentes faixas etárias são sempre bem-vindos!

 
Equipe Estilo de Aprender e Desencadeia

 

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DOCUMENTÁRIO “UM PRESENTE À PROVA DE FUTURO”

By | Desencadeia, Estilo Lixo Zero

Tempo que urge. Tempo perdido. Tempo e espaço esgotados pela falta de tempo. Num tempo vago, apressamo-nos para não perder um tempo que já perdemos. O mundo, esse projetado pelo (não) humano, entrega um tempo apressado em forma de objetos, que não precisamos, que nos afastam das relações humanas e naturais. Embala nosso (não) futuro em plásticos eternos. Esvazia nossa condição vivente em troca do tempo presente, que perdemos a cada instante. Por onde começar? Como abrir mão do que não precisamos, mas dependemos? Fazer circular: palavras e usos. Ressignificar: vida e relações. 
 
O que é economia circular? Qual a nossa responsabilidade frente as nossas escolhas de consumo? Por onde podemos começar?
Na Semana Lixo Zero (de 18 a 27/10), a Estilo e o Desencadeia promoveram uma reflexão sobre questões importantes dos cenários atual e futuro relacionadas com o conceito de sustentabilidade. Aqui na Estilo, assistimos ao teaser de 12 minutos do documentário “Um presente à prova de futuro”, que serviu como um disparo para uma conversa com o produtor do mesmo, Sylvio Rocha.
 

Equipe Estilo de Aprender e Desencadeia

 

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