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CENTRO DA CIDADE

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RASTRO 4º ANO MATUTINO

 

Quando as crianças me viram abrindo o mapa das estações de metrô da cidade de São Paulo, perguntaram: “Nós vamos andar de metrô?”. A animação começou antes mesmo do passeio. Escolhemos, para esse primeiro Rastro do segundo semestre, um passeio a pé pelo Centro da cidade. Muitxs estudantes conhecem a cidade pelo vidro do carro, num ir e vir constante em que pouco conseguem parar e andar pé ante pé pelas nossas ruas.

Nosso passeio foi iniciado com o embarque na estação Vila Madalena, pegamos uma baldeação e seguimos viagem até a Sé. Lá, o encantamento começou com a vista da Catedral da Sé. Olhos para cima observando a arquitetura, estátuas… Um estudante comparou uma das janelas redondas com a mandala! A partir do estudo de circunferência em Espaço e forma, vimos e produzimos mandalas nas aulas de matemáticas.

Seguimos para o Marco Zero, um totem de forma hexagonal em que cada lateral marca a direção de seis importantes cidades brasileiras. Xs estudantes ficaram encantadxs com o desenho no chão da rosa dos ventos!

Continuamos nossa caminhada para o Solar da Marquesa de Santos, onde entramos e nos deparamos com a antiga construção e uma enorme banheira usada por ela! Depois fomos tomar nosso lanche no Centro Aberto, um espaço que promove um novo uso do espaço público. Sentados à sombra, pudemos recompor as energias para continuar nossa caminhada até o Theatro Municipal. Para chegar lá, passamos pelo “Monumento a Carlos Gomes”. A fonte estava ligada e todxs chegaram bem perto para se refrescar da andança!

De lá, fomos para a estação Anhangabaú, onde retornamos até a Barra Funda. As crianças voltaram do passeio bem animadas e muito interessadas em voltar e rever espaços como exposições na Caixa Cultural, Theatro Municipal e CCBB!

Andrea Pires Magnanelli, Sofia F. Alves e Filippe Dotte

 

MUSEU LASAR SEGALL

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RASTRO GRUPO 5 MATUTINO

 

Voltamos as férias e já fomos passear! A visita ao Museu Lasar Segall foi uma continuação das nossas experiências com o tema “O viajante artesão e os sinais da natureza”.

No semestre passado, conhecemos como xilogravuras do J. Borges e utilizamos uma prensa para gravar as nossas produções. No Museu, conhecedora mais sobre a vida e obra de Lasar Segall, artista que também produziu gravuras. Os estudantes chegaram com tantas perguntas que mudam o roteiro! Sentamo-nos no jardim e conversamos sobre os materiais, os processos, as obras e a vida do artista que moram na casa que hoje abriga o Museu. Assim, aproveitamos para conhecer algumas de suas esculturas e pudemos ver suas ferramentas e ateliê.

Retomando nosso roteiro original, fomos ao laboratório nossas próprias gravuras. Lucia e Hilton, educadores do museu, nos guiam pela mesma experiência em rolinhos, tintas, papel e muita imaginação.

O tempo foi curto … Terminamos a visita e não conseguimos ver todos os espaços do museu. Os estudantes se despediram com vontade de explorar mais. Por isso, deixar o convite para todos e todas retornarem ao Museu Lasar Segall!

Lara Fernandes Moreira e Geovani Nascimento Melo

 

PARQUE PELEZÃO

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RASTRO GRUPO 4 MATUTINO

 

Pois é, queridxs familiares, mais uma vez, rompemos os muros da Escola e fomos passear. Desta vez, o local escolhido foi o Parque Pelezão. Em uma manhã muito agradável de agosto, curtimos momentos de bastante brincadeira e aventura por lá. Foi uma delícia! Os estudantes estavam radiantes e curiosxs em saber o que lhes esperava.

Logo que chegamos, puderam brincar por um bom tempo no parquinho, repleto de brinquedos. Em seguida, saborearam um delicioso piquenique. Momento perfeito para que eu escondesse as pistas do Grande Caça ao Tesouro que estava por vir…

Nosso Tema teve seu disparo nesse Rastro. Tornamo-nos verdadeirxs detetives, procuramos, investigamos e exploramos boa parte do Parque atrás das pistas deixadas pelo nosso amigo Inspetor Bugiganga, que prometeu uma surpresa muito especial como tesouro. Depois de vários desafios, a última pista os levava ao maior de todos: encontrar o tesouro em uma imensidão de areia. Após muito cavarem, descobriram um grande kit de lupas para que, a partir daquele momento, se sentissem ainda mais detetives. Claro que, logo depois de encontrarem, investigaram muitas coisas com elas por lá. Ficaram realmente muito felizes!

Vamos continuar as explorações agora dentro dos muros da nossa Escola e, para sempre, lembraremos desse dia repleto de emoções e tão especial vivido por nós.

 

Até a próxima!

Julio Cezar P. C. Filho, Taynara A. R. Bustamante e Priscila C. S. Silva

 

 

CASA BORDADA

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RASTRO 5º ANO VESPERTINO

 

Começando nossa viagem ao mundo do aula de aulas de Artes. Conhecemos e re-conhecemos o bordado, compartilhamos as vivências das nossas vidas e trouxemos bordados de casa, cada um contou uma história. Depois, fazer um rascunho para podermos, então, bordar. Imagens, aos poucos, foram aparecendo em meio às linhas. Pensamos também em bordar palavras para sermos deixadas como rastros em nossa saída.

E chegou o dia! Escolhermos visitar a Casa Bordada para ampliar nosso repertório. As crianças se encantaram com uma delicadeza e quiseram explorar cada detalhe. Os olhos atentos quase não são piscavam!

Em um segundo momento da nossa saída, o caminhamos até a página da revista a próxima vez que cada criança é excluída e expor sua palavra bordada. Deixamos bordinhas palavras como amizade, paz, gentileza, colorido, sabor para quem passasse por ali!

Foi uma tarde especial!

 

Carolina Akerman e Lilian D. Schiavinato

TRAJETO POÉTICO

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INSPIRADO PELOS POEMAS DE RICARDO AZEVEDO

RASTRO 3º ANO VESPERTINO

 

“Tem um poema não meio do caminho,
não tem meio do caminho tinha um poema!”

 

Marilia M. Bellintani, Sofia F. Alves e Filippe Dotte

 

PRAÇA DOUTOR OTÁVIO PEREZ VELASCO

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RASTRO 2º ANO VESPERTINO

 

Estamos há poucos dias das nossas férias… Um momento aguardado por todos e todas, que traz consigo diversas novas aventuras, vivências, descobertas e, de certa forma, um novo ritmo para nossas vidas. Mas também carrega uma boa porção de saudade! Saudade dos amigos e amigas, do espaço da Escola, do contato diário, das brincadeiras, das experiências…

Marcamos nosso último Rastro para a última semana de aula, faltando poucos dias para nossa pausa. O espaço escolhido já era conhecido pelas crianças. A mesma Praça que abraçou nossa festa junina, o boi, com suas cores e encantos! Agora, ela abre espaço para uma tarde ensolarada de muita brincadeira, carinhos e trocas. A ideia era também levarmos para fora dos muros da escola nossas vivências e experiências em sala, agora com outras roupagens.

Saímos da Estilo a pé e, já pelo caminho, antes mesmo de chegarmos à Praça, elementos dos nossos Temas começaram a surgir. Sem percebermos, nossa “aula” havia começado. Pelo trajeto, identificamos e observamos as cores e tons dos manacás-da-serra, árvores características da Mata Atlântica que fizeram parte do nosso estudo sobre os biomas do Brasil, em Geografias. Na Praça, sob a sombra das árvores, tínhamos um desafio: o jogo com bola do povo Maia que conhecemos em nosso Tema de Histórias. O objetivo era passar a bola pelo arco sem usar as mãos ou os pés, um momento bastante divertido que nos rendeu boas risadas e trapalhadas.

Partimos, então, para o piquenique, pois, em seguida, tínhamos a Roda de leitura. E foi na Praça que terminamos nossa leitura compartilhada do livro “A estranha madame Mizu”, de Thierry Lenain. Uma história que contou com pitadas de suspense, sonhos e surpresas, e nos acompanhou durante todo o semestre.

De volta ao Quintal da Estilo, era hora de explorarmos nossos sentidos: uma cabra-cega tomou conta dos espaços e finalizou o dia por meio de toques, sensações e muita alegria.

Desejamos a todas e todos férias repletas de descobertas e aventuras! Vemo-nos em agosto com muitas novidades.

 

Marina V. J. Moreira e Luca N. Vernalha

PARQUE DA ÁGUA BRANCA

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RASTRO 4º ANO MATUTINO

 

O último Rastro desse semestre foi uma visita ao Parque da Água Branca! Apesar de já conhecerem e estarem familiarizados com esse parque, todos estavam bem ansiosos e animados com essa saída.

Em Geografias, estamos estudando “As florestas e os desertos”. Lemos sobre os tipos de florestas existentes no mundo e aprofundamos nossa pesquisa sobre os biomas brasileiros. A partir das propostas realizadas, os estudantes prepararam um material para levar ao nosso Rastro: produziram fichas “Você sabia?”, com informações e desenhos. Havia curiosidades como “Você sabia que as florestas de eucalipto são chamadas de desertos verdes?”, “Você sabia que 97% da Mata Atlântica já foi desmatada?” para serem distribuídas aos visitantes do Parque.

As crianças começaram a entrega acompanhadas de uma leve timidez, porém, aos poucos, foram ganhando confiança e se apresentavam, diziam o que eram aquelas fichas e as entregavam. As reações foram as mais diversas, pessoas desconhecidas que paravam alguns minutinhos para ler, exclamações de surpresa por desconhecer aquela informação, sorrisos, uma breve conversa…

Seguimos, então, para o aquário, onde estão expostas as principais espécies das bacias hidrográficas dos estados brasileiros. Os estudantes andavam pelos corredores admirando os peixes, chamando os professores e outros colegas, liam as informações científicas e faziam relações com o Tema de Ciências desse período, “O mundo dos vertebrados e invertebrados”: “Olha, aqui está falando do Linnaeus! Não foi ele que fez as classificações dos seres vivos?”.

Nossa próxima parada foi o MUGEO – Museu Geológico Valdemar Lefévre, que possui exposições permanentes que apresentam minerais, rochas, fósseis, objetos e documentos antigos… O encantamento de todas e todos foi encontrar uma estalactite!

E, após tantas andanças, explorações e conversas, nos reunimos para um delicioso piquenique! Terminamos nosso passeio aproveitando os brinquedos do parque: trepa-trepa, gangorra, balanços, esconde-esconde, risos…


”Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. (…) Sou hoje um caçador de achadouros da infância. Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos (…).”

Manoel de Barros

 

Andrea Pires Magnanelli e Tulyo Cesar Martins

 

PRAÇA WALDIR AZEVEDO

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PRAÇA WALDIR AZEVEDO

RASTRO 2º ANO MATUTINO

 

O 2º Ano Matutino foi à Praça Waldir Azevedo deixar uma marca sobre o vento. Planejamos nossa saída e trajeto, afinal, como iríamos a pé, poderíamos juntos e juntas, com a ajuda de mapas, antecipar qual seria o melhor percurso.

Definida a rota, saímos. Seguimos pelas calçadas do bairro onde se localiza a Estilo. Observamos a ausência de casas residenciais em nosso caminho, as calçadas, ora limpas, ora sujas, largas e estreitas, com mato alto ou sem. As faixas e faróis de pedestres, banca de jornal, supermercado, cabeleireiros, consultórios. Na ida, a cidade acordava vagarosa, na volta, já fervia em movimentos.

Na enorme Praça que escolhemos visitar, instalamos nosso aparato para observar a direção do vento: fitas ao ar, bússola na mão, marcada no chão!

Corremos, brincamos, exploramos, fizemos piquenique.

Em uma parte da Praça, funcionários da prefeitura faziam a manutenção, era, enfim, uma manhã de terça-feira e nós, na Escola e fora dela, conhecendo o nosso quintal-rua, a nossa vizinhança-praça, entendendo e pertencendo um pouco mais a essa cidade que a nós se oferece e que tantas vezes recusamos o convite!

 

Alice Pecci Jimenez, Pedro Moura L. Ribeiro e Filippe Dotte

 

 

PRAÇA JOHN LENNON

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RASTRO GRUPO 4 VESPERTINO

 

No primeiro “Rastros” do G4V deste ano, levamos o Tema “Brincadeiras de Voar” para fora da escola, num passeio divertido e interessante! Nosso destino foi a Praça John Lennon, com a aventura já iniciada ao sair pelo portão da vida, pois foram caminhando com as crianças. Foi uma oportunidade ótima de nos conectar com a cidade, observando as coisas como o caminho, compartilhando olhares, questionamentos e descobertas.

Ao chegar na Praça, cada um dos brinquedos de papel, avião de papel, papel de parede, paraquedas de saquinho, bexiga, pena, pipa etc., o motivo ficou cheio de crianças “voadoras”.

Depois de correr até cansar, recarregamos as energias com a água e muita água. Brincamos mais ainda, aproveitando uma tarde agradável com um presente apresentado. Em seguida, caminhamos até a escola, com muitas histórias para contar.

Estar com as crianças na Praça, ocupando um espaço público, um espaço que é nosso, que faz parte do lugar em que vivemos, foi simplesmente lindo! Até até pé,,,,,,,, miú miú miú miú miú miú miú miú miú miú miú miú miú miú miú miú

Que a mulher seja cada vez mais ocupada pelas crianças.

 

Gratidão!

Rex, Ricardo M. da Silva, Daniela Costa e Filippe Dotte

 

 

PRAÇA DAS CORUJAS

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RASTRO 1º ANO MATUTINO

 

“Qualquer curva de qualquer destino que desfaça o curso de qualquer certeza”
Arnaldo Antunes

 

O Grupo do 1º Ano Matutino ocupou alguns espaços públicos pertencentes à Praça das Corujas, localizada bem pertinho da Estilo. O motivo gerador: havia (e ainda há) uma plantação de Girassol bem próxima da praça. Com o Tema (“O Sertão e o Sertanejo”), estudamos quais são os componentes necessários para o plantio e desenvolvimento do Girassol. Por meio de observações e hipóteses científicas experenciadas pelos estudantes em sala de aula, concluímos que sem a combinação de terra, sol, água, oxigênio e sementes, o Girassol tende a não se desenvolver.

Pois bem, o plano era: observar esse plantio de Girassol, brincar e fazer um piquenique na praça, descer um ‘barrancão’ usando caixas de papelão, e instalar um varal de palavras – em que cada estudante escolheu escrever um elemento essencial para a vida do Girassol.

No entanto, viver o espaço público é também abrir-se para o imprevisto, o não-planejado… Ainda na Estilo, em nossa última roda antes de entrarmos na van, estávamos retomando os combinados estabelecidos no dia anterior para o passeio. Quando uma estudante nos pergunta: “Por que chama-se Praça das Corujas?”. Como não soubemos responder, devolvemos: “Temos hipóteses para responder a essa pergunta. Podemos pesquisar na internet… Mas vocês já pensaram que interessante seria se conversássemos com as pessoas que estiverem por lá e, oralmente, buscarmos a resposta? Vamos?”. Feito o convite, partimos!

E assim que chegamos, antes mesmo de nos organizarmos para conversar com as pessoas, fomos graciosamente surpreendidos pela ternura do ‘Seu João’, um sábio-senhor-conhecedor dos mistérios da praça. Ele não só respondeu a nossa grande dúvida, como também nos localizou no espaço-tempo de lá: o que era aquele lugar antigamente? Aquele lugar era tomado de árvores, uma verdadeira floresta, e disse ‘Seu João’: tinha uma família que morava lá com seus dois filhos e cuidava das corujas que visitavam a floresta a noite. Tudo muito diferente do que é agora, com um ar de saudosismo.

Viver o espaço público é (re)criar memórias – não só pedagógicas e curriculares –, mas sobretudo afetivas. É viver o ineditismo de conversar em grupo com um ancião do bairro/cidade. É pedir licença para delicadamente acessar suas memórias e seus vividos pretéritos.

 

Lucas Maia Benedetti e Vivian M. L. Lourenço