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Estilo Lixo Zero

SEMANA LIXO ZERO

By | Desencadeia, Estilo Lixo Zero

SEMANA LIXO ZERO
 
A Estilo associou-se à Abraps (Associação Brasileira dos Profissionais de Desenvolvimento Sustentável), uma instituição que tem a missão de promover e fortalecer o desenvolvimento sustentável, conectando pessoas e organizações, gerando e difundindo conhecimento.
Participamos de um encontro promovido pelo Instituto Lixo Zero para organizarmos atividades durante a Semana Lixo Zero. Este Instituto é uma organização pioneira na disseminação do conceito Lixo Zero no Brasil.
A Semana, que acontecerá entre os dias 18 e 27 de outubro, tem o objetivo de mobilizar o maior número possível de organizações a realizar um evento Lixo Zero e difundir práticas e pensamentos sustentáveis.
Na Semana Lixo Zero, a Estilo promoverá atividades na própria escola que sustentam os quatro pilares do Desencadeia (EU; EU PARA O OUTRO; EU COM O OUTRO; NÓS PARA O PLANETA). Vejam abaixo a programação:
 
• O alimento que nutre
Dia 18/10 (6ª feira)
Participantes: Comunidade da Estilo (familiares, estudantes, funcionários e funcionárias)
 
• Carroça com Estilo
Dia 22/10 (3ª feira) – (em parceria com a Pimp My Carroça)
Participantes: estudantes, professoras e professores da Estilo
 
• Documentário Roda de conversa sobre o Documentário “Um presente à prova de futuro” (participação especial do produtor do documentário Sylvio Rocha)
Dia 22/10 (3ª feira), às 19h30 – Participantes: educadores e familiares interessados
 
• Já leu? Doe! Não leu? Pegue!
Dia 23/10 (4ª feira)
Participantes: Comunidade da Estilo (familiares, estudantes e funcionários da Escola)
 
• Palestra com Carol Piccin, CEO da empresa MateriaLAB – “Quando entendemos de onde vêm as coisas, mudamos nosso olhar para elas”
Dia 24/10 (5ª feira), às 19h30
Participantes: professoras e professores da Estilo e educadores interessados
 
• Qual é o tamanho do “lixo” que produzimos?
Dia 24/10 (5ª feira)
Participantes: Comunidade da Estilo (estudantes, professoras e professores funcionários e funcionárias da Escola)
 
A Semana Lixo Zero inaugura a plataforma Desencadeia, que nos inspirará com bons exemplos e atitudes sustentáveis, novos modelos, transformando a resistência do novo em hábito.
Em breve, contaremos mais detalhes de cada atividade!

 


 
Equipe Estilo de Aprender

 

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#EscolaLixoZero – RECICLAGEM DE FRALDAS

By | Estilo Lixo Zero

A partir de hoje, todas as fraldas descartadas aqui na Estilo serão recolhidas e recicladas pela Boomera, uma empresa envolvida em vários projetos de logística reversa e tecnologias de reciclagem.

O mercado brasileiro consome em torno de 6,8 bilhões de fraldas descartáveis anualmente. Após o consumo, o peso de cada fralda aumenta muito pelo seu efeito absorvente, assim, são enviados para aterros sanitários e lixões, aproximadamente, 2,7 milhões de toneladas de fraldas, o que representa 3,5% do total gerado de resíduo em todo o Brasil anualmente (fonte: Boomera). Por este motivo e pensando no impacto negativo que a Estilo pode causar ao meio ambiente, decidimos por esta parceria!

 

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#EscolaLixoZero – INSTRUMENTOS DE ESCRITA

By | Estilo Lixo Zero

A Estilo é um ponto de coleta de instrumentos de escrita (lápis, lapiseiras, canetas, canetinhas, borrachas, apontadores) para serem descartados da maneira correta, sem agredirem o meio ambiente!

A Faber Castel, em parceria com TerraCycle, criou um programa de reciclagem destes materiais (de qualquer marca), proporcionando um descarte correto destes resíduos. Portanto, com a ajuda de vocês, comunidade e familiares, poderemos coletar o máximo destes materiais (bem como suas embalagens) e enviar ao Programa de coleta.

 

Vejam abaixo os materiais aceitos (de qualquer marca):

  1. Lápis grafite
  2. Lápis colorido
  3. Lapiseiras
  4. Canetas
  5. Canetinhas
  6. Borrachas
  7. Apontadores
  8. Marca-texto
  9. Marcadores permanentes
  10. Marcadores de quadro-branco

 

Vamos começar? Deixem os materiais na secretaria (não é necessário lavá-los ou limpá-los).

 

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PASSEIO 5º ANO MATUTINO AO ECOBECO

By | Estilo Lixo Zero

Nossa visita ao ECOBECO nos mostrou, na prática, tudo o que estamos estudando na teoria. Vimos que existem diversas formas de aplicar Soluções Ecoeficientes. O arquiteto Rafael Loschiavo nos apresentou essas soluções e tivemos uma visão geral de como construir uma cidade sustentável. Conhecemos vários equipamentos, técnicas, bem como suas vantagens e desvantagens.

Aprendemos que existem seis categorias mais importantes: Geração de energia; Aproveitamento de água da chuva; Tratamento de resíduos; Paisagismo produtivo; Materiais naturais e recicláveis e Arquitetura bioclimática.  Observamos como funcionam os sistemas de Construção Sustentável, as hortas urbanas, as paredes e os telhados verdes, como fazer o aproveitamento da energia solar e o sistema de compostagem, o  tijolo BTC (bloco de terra comprimida), as tintas minerais,  placas e telhas recicladas de tubo de pasta de dente, lã acústica e isolante feita de garrafa Pet e revestimentos produzidos com fibra de folhas de bananeira.

Durante a visita, concluímos que, aqui na Estilo, já usamos várias dessas soluções! Temos telhado verde na Casinha, horta urbana no Quintal, fazemos captação de água da chuva e alimentamos diariamente a nossa composteira.  Agora, estamos pensando em trazer mais uma dessas soluções para a escola! Nosso mural está sendo composto por algumas ideias para, juntos e juntas, encontrarmos soluções para preservarmos o meio ambiente.

 

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POR UMA VIDA DE MÍNIMOS

By | Estilo Lixo Zero

Você sabe o que é minimalismo? É um comportamento ligado ao consumo consciente que torna pessoas mais importantes que as coisas que elas têm. Para entender melhor, assista ao documentário Minimalism: A Documentary About the Important Things (Minimalismo: um documentário sobre as coisas que importam, em tradução livre), disponível na Netflix. A produção tem como protagonistas Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, amigos de infância que trabalhavam juntos (entre 70 a 80 horas semanais) e que, ao chegarem no topo da carreira (ganhando 50 mil dólares por ano), se viram em um cotidiano  que se resumia a frustração, ansiedade, solidão, estresse, medo e, sobretudo, consumo.

No documentário, eles mostram como o minimalismo transformou a vida deles e conversam com pessoas das mais diversas áreas (jornalistas, um ex-corretor de Wall Street, empresários, artistas, entre outros) que também acreditam que bens materiais por si só não trazem felicidade e defendem a lógica do menos é mais. É válido ressaltar que o minimalismo não critica a prática do consumo, mas o consumo exacerbado, sem freios. A questão não é se livrar de todos os nossos bens materiais e se mudar para as montanhas, mas romper com o excesso, com tudo aquilo que compramos apenas por comprar e que não tem qualquer sentido prático nas nossas vidas. “O consumismo não é o problema – o consumo compulsivo é o problema. Todos precisamos de algumas coisas materiais, mas os minimalistas valorizam na verdade mais as suas posses porque apenas têm coisas que dão valor às suas vidas”, explica Joshua Millburn.

Ele exemplifica que prefere ter um moletom de qualidade a manter um guarda-roupa cheio de moletons que não usa. O problema está no consumo pelo consumo, que, muita vezes, está ligado a questões de ordem pessoal, como autoestima, status, preenchimento de um vazio existencial (Freud explica!). Quando pensamos no nosso lixo, a gente dificilmente analisa toda a cadeia que vem antes do momento do descarte. É chegada a hora de pensarmos no que está por trás do nosso consumismo.

 

Aqui na Estilo, começamos a adotar o minimalismo a partir do questionamento da real necessidade de alguns objetos utilizados no dia a dia da escola. Afinal, a praticidade que alguns materiais nos oferecem custa caro para o meio ambiente e é importante provocar uma reflexão coletiva que nos mostre o quanto é necessário reaproveitar aquilo que não utilizamos para evitar um ciclo infinito de consumo: compra, usa e descarta, compra de novo.  

Nesse sentido, incentivamos a circulação de materiais já existentes para a realização das atividades e reduzimos o consumo de plástico, tanto nas atividades educacionais, quanto nas ações administrativas. Além disso, pedimos aos familiares que contribuam com materiais como caixas de papelão desmontadas, potes de vidro (de conservas, leite de coco, geleia, molho de tomate), bandejas de isopor e plástico bolha, entre outros. Itens que seriam descartados, mas que, aqui na escola, ganham novas funções e significados, conforme já falamos em um outro post aqui no blog.

Também retiramos o copo plástico do nosso cotidiano e convidamos os familiares a trazerem o próprio copo para as reuniões na escola. Quando decidimos tirar os copos descartáveis do nosso cotidiano, não o fizemos somente porque os mesmos poluem o meio ambiente, mas porque queremos provocar uma mudança para além dos nossos muros.

Afinal, o que se pratica aqui na escola pode ser replicado em qualquer lugar. O copo comprado para a reunião aqui na Estilo pode ser utilizado em outros contextos (no trabalho, em casa, na casa de amigas e amigos), tornando-nos mais conscientes das nossas responsabilidades e criando uma cadeia mais saudável e menos utilitária para todos e todas. Pensar no que (e para que) consumimos significa transformar nosso modo de viver. Vamos juntas e juntos nesta reflexão?

 

 

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O QUE SEU LIXO DIZ SOBRE VOCÊ?

By | Estilo Lixo Zero

“Me diga o lixo que produz e te direi quem és”. Sim, ao dar uma leve espiadinha na lixeira de alguém, é possível conhecer um pouco da sua rotina de consumo e do seu universo pessoal. Muitos pacotes de comida congelada e sacolas de restaurantes? Provavelmente, o indivíduo tem uma rotina muito corrida, prefere consumir alimentos prontos ou simplesmente não gosta de cozinhar. Grande quantidade de embalagens de quinoa e aveia? A pessoa é adepta de uma vida mais fitness. Muitas garrafas PET? Temos um fã de sucos, refrigerantes ou outras bebidas engarrafas.

Embora a gente não se dê conta no dia a dia, a nossa relação com o lixo é muito próxima. Afinal, ele só existe a partir do nosso consumo. E, mais importante, não deixa simplesmente de existir quando o colocamos para fora das nossas casas.  Foi com o intuito de fazer as pessoas refletirem sobre essa relação tão próxima e, ao mesmo tempo, tão distante que o fotógrafo norte-americano Gregg Segal criou a série fotográfica Seven Days of Garbage, ou Sete Dias de Lixo. Realizado em 2014, o trabalho registrou famílias de diferentes grupos sociais dos EUA deitadas sobre o lixo que produziam ao longo de uma semana. As imagens foram feitas em três ambientes (grama, areia e uma piscina) criados pelo fotógrafo no quintal de sua casa. Para destacar a relação de proximidade das pessoas com o lixo que produzem, Segal tirou todas as fotos de cima. Em alguns casos, a quantidade de lixo produzida foi tão grande que as famílias sentiram vergonha e esconderam parte dos resíduos.

Há exatos dez anos, uma mudança de casa fez a francesa Bea Johnson (precursora do movimento #LixoZero) e sua família reverem os seus hábitos de consumo e, consequentemente, reduzirem a produção de lixo. “Decidimos nos mudar para o centro de São Francisco, mas, antes de encontrar a casa ideal, alugamos um apartamento pequeno e fomos só com o necessário. Colocamos as outras coisas em um depósito e vimos que 80% dos bens que tínhamos guardados não fizeram falta. Então, nos desfizemos deles”, relembra em entrevista à BBB Brasil.

Desde então, a família passou a comprar menos coisas e a consumir alimentos a granel, além de substituir produtos descartáveis por alternativas reutilizáveis. Alimentos processados e produtos de limpeza industrializados também foram abandonados, e bens de segunda mão (como roupas) passaram a fazer parte da rotina familiar. A mudança de comportamento reduziu em 40% os gastos, e o lixo que Bea, o marido, Scott, e seus dois filhos adolescentes, Max e Leo, produzem durante um ano cabe em um pote de vidro que ela faz questão de levar em suas palestras sobre a #LixoZero ao redor do mundo (ela é autora do livro Zero Waste Home, traduzido para 20 idiomas).  

Isso porque, no recipiente, fica apenas aquilo que eles consomem, mas não conseguem reciclar ou enviar para a composteira (todo o “resto” é reutilizado de alguma maneira). “Nesta sociedade de consumo, somos alvo de diversos produtos gratuitos. Sacos plásticos, cartões de visita, amostras, produtos de beleza em hotéis. Cada vez que a gente aceita, é criada uma demanda para que mais seja fabricado. Quanto mais eu recuso, menos coisas eu tenho para reduzir, reutilizar, reciclar e compostar, que são os quatro passos seguintes”, explica.

 
Aqui na Estilo, nós reavaliamos todo o nosso ciclo de consumo e listamos todos os materiais que circulam por aqui para saber os que podem e os que não podem ser reciclados. Boa parte dos recicláveis, especialmente os de uso educativo e administrativo, como caixas de papelão desmontadas, placas de isopor, espiral e capas de apostilas, são reutilizados em atividades com as nossas estudantes e os nossos estudantes. E, neste processo, nós não apenas incentivamos o exercício criativo deles, como também falamos sobre a cadeia produtiva na qual os materiais são produzidos e sobre a importância de fazermos o correto descarte dos mesmos.

No caso dos itens que ainda (infelizmente) não podem ser reciclados, como EVA, tubo de cola líquida, etiquetas e giz pastel, nós reduzimos ao máximo o consumo, circulando os materiais já existentes em nosso estoque, e, na medida do possível, os substituímos por alternativas mais sustentáveis. Ao analisar o nosso próprio lixo, a gente se conhece melhor, reavalia hábitos e consegue adotar práticas mais sustentáveis. Se alguém um dia resolver dar uma espiadinha no nosso lixo vai encontrar elementos que compõem um cenário de reaproveitamento, consumo consciente e #LixoZero. Um ótimo cartão de visitas, não é mesmo? Muito prazer, somos a Estilo de Aprender!

 

 

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COPIE SEUS AVÓS

By | Estilo Lixo Zero

Não precisamos de ideias mirabolantes para pensar em um estilo de vida que não maltrate o planeta. Converse com gerações que viveram nos anos 40, 50 e teremos exemplos de como agir nesse sentido. Não foi sempre que o arroz estava ensacadinho na prateleira do supermercado. A ideia de comprar a granel não é nenhuma novidade. Já foi assim antes! E isso não tem muito tempo.

Até a década de 1950, as paulistanas e os paulistanos compravam feijão, farinha, fubá, milho e outros produtos em quitandas, empórios, armazéns (de secos e molhados) e feiras. Nestes espaços, você podia colocar as mãos nos produtos para analisar sua qualidade e sentir o seu cheiro, a sua textura. Ao escolher o alimento, chamava-se o balconista, que pesava a quantidade solicitada e empacotava os alimentos em saquinhos de papel, que eram levados para casa em sacolas próprias (nada de sacolas plásticas!). O pagamento era feito em dinheiro – quem não tinha, deixava a compra anotada na caderneta do dono do estabelecimento. Outros tempos…

Nesta época, já havia embalagens, mas poucos produtos produzidos no Brasil eram comercializados embalados. A mudança de cenário ocorreu após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando empresas norte-americanas começaram a expandir sua atuação para os países europeus atingidos pelo conflito bélico. A movimentação acelerou o processo de industrialização dos alimentos em todo o mundo e aumentou a demanda pelo acondicionamento, para que eles se mantivessem protegidos da saída da fábrica até a chegada aos comércios, garantindo um maior ciclo de vida.

O processo fez com que, pouco a pouco, os pequenos armazéns perdessem espaço para um novo conceito de estabelecimento comercial importado dos EUA e com foco na venda no varejo: o supermercado. O primeiro supermercado do Brasil foi inaugurado em São Paulo, em 1953. Instalado na esquina da rua da Consolação com a Alameda Santos, região central da cidade, tinha o nome de Sirva-se e trabalhava justamente com esta proposta, inédita até então: o próprio cliente escolhia os produtos e o levava para o pagamento direto no caixa, sem o intermédio de um balconista, por exemplo.  

Neste novo contexto, as embalagens eram utilizadas não apenas para proteger os alimentos, como também para diferenciá-los nas prateleiras (afinal, o que não faltavam agora eram opções de produtos). Toda essa mudança também contribuiu para a formação de um novo tipo de consumidor, que primava pelo conforto e pela realização imediata de seus desejos (o consumo desenfreado), o oposto do ideal até então vigente, que valorizava o acúmulo de bens, a poupança e a realização de projetos a longo prazo.

Não precisamos nem dizer que, com o passar dos anos, este modelo se mostrou problemático e gerou uma série de malefícios, como a sobrecarga do planeta. Atualmente, cerca de um terço do lixo doméstico gerado pelas brasileiras e brasileiros é composto por embalagens, segundo levantamento do Ministério do Meio Ambiente. Desse total, 80% são descartadas depois de serem usadas apenas uma vez. Este hábito contribui com o esgotamento de aterros e lixões, dificulta a degradação de outros resíduos e provoca outros impactos ambientais, como o aumento do consumo de recursos naturais para produzir mais embalagens e gerar mais resíduos (criando um ciclo nocivo a todas e todos nós).

Para mudar este cenário, percebeu-se (finalmente) que rever nossos hábitos de consumo (comprando somente o necessário) e a maneira como lidamos com o nosso lixo (reutilizando o que for possível, mandando para reciclagem os itens recicláveis e direcionando para a compostagem os descartes orgânicos) é algo urgente e necessário. Nesse sentido, uma das alternativas encontradas foi retornar ao hábito da compra a granel. Por meio dela, é possível adquirir produtos frescos, consumir apenas o necessário e reduzir o desperdício de alimentos (outro grande problema mundial).

A tendência é uma realidade em diversos países. Em Berlim, na Alemanha (país que é o maior consumidor de plástico da Europa) por exemplo, há um supermercado 100% livre de embalagens (desde bandejas de isopor até frascos de shampoo). Inaugurado em 2004 pelas sócias Sara Wolf e Milena Glimbovski, o Original Unverpackt (Original sem embalagem, em livre tradução) vende produtos frescos, como legumes e grãos, e escovas de dente de bambu. O estabelecimento trabalha no modelo de compra a granel: o cliente escolhe a quantidade que quer levar e coloca os produtos em potes ou sacolas retornáveis. O espaço também vende sacolas de pano com frases do tipo Não existe planeta B. Uma reflexão pra lá de válida.

 

Em setembro, as estudantes e os estudantes aqui da Estilo foram ao Mercado da Lapa, um dos mais tradicionais da cidade, para viver a experiência de fazer compras a granel. A atividade fez parte de um RASTRO, e os alimentos comprados foram utilizados em receitas preparadas durante a atividade de COMIDA E CULTURA, desenvolvida por professoras especialistas. Pensando no impacto do consumo desnecessário das sacolas plásticas, todas as compras foram acondicionadas em sacolas retornáveis. Simples, prático, sustentável e saboroso!

A retomada das compras a granel só demonstra que, às vezes, é importante voltar ao passado para entender como viemos parar aqui e, com base nestas informações, refletir sobre como devemos agir daqui em diante. Ressignificar a nossa relação com o planeta.

 

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O QUE É VELHO PARA VOCÊ PODE SER NOVO PARA OUTRA PESSOA

By | Estilo Lixo Zero

Quando falamos em lixo, a gente, automaticamente, pensa em algo que não se usa mais e que, portanto, deve ser descartado. Um conceito totalmente ligado ao consumo e que, combinado com a ausência da cultura do reaproveitamento, nos transformou em um dos países que mais produzem resíduos sólidos no mundo: quase 80 milhões de toneladas por ano, quantidade suficiente para lotar uma área correspondente a mais de 200 estádios de futebol!

Desse total, apenas 3% é reciclado ou reaproveitado, o que faz com que percamos R$ 8 bilhões por ano no país, de acordo com dados do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, do Ministério do Meio Ambiente. O grande problema deste complexo cenário está no nosso olhar para o consumo (muitas vezes, compulsivo) e na forma como lidamos com o nosso lixo. Analisar o que e como consumimos e a maneira como descartamos o que utilizamos é uma maneira de avaliar como nos relacionamos e nos posicionamos com o mundo em que habitamos.

Um exercício bacana para reverter este quadro é tentar, ao máximo, fazer circular o que ainda pode ser utilizado, ao invés de simplesmente descartar, um pensamento muito ligado à economia circular e ao consumo consciente. Podemos fazer isso não apenas com papel, plástico e papelão, mas também com uma série de objetos, como aparelhos eletrônicos e até roupas.

Como exemplos em atuação no mercado temos o Banco de Tecido, uma iniciativa interessante que dá vida nova a tecidos que estavam sem uso em prateleiras ou estoques ou esquecidos no fundo das gavetas. Por meio do projeto, as pessoas liberam espaços nos armários, descartam corretamente os produtos e reduzem o consumo dos recursos naturais do planeta.

Outro projeto bacana nesse sentido é o Movimento ReCiclo, criado pela C&A, que coleta roupas usadas e oferece alternativa de descarte, seja por meio da reutilização ou da reciclagem. Podem ser doadas peças de roupa (ou até retalhos) que não te interessam mais (elas podem ser da C&A ou de outras marcas, a única exigência é que elas estejam higienizadas). O programa está disponível em 40 lojas pelo país.

Os brechós são outras alternativas focadas com este objetivo e estão totalmente ligados a uma tendência mundial. De acordo com dados da consultoria de tendências WGSM, nos EUA e no Reino Unido, mais da metade das pessoas entre 25 e 34 anos tem interesse em alugar peças de roupa e acessórios, ao invés de comprar. A estratégia é aplicada tanto para ocasiões pontuais, como festas e reuniões de trabalho, quanto para períodos sazonais, e tem por trás um ideal bastante claro: nós não precisamos ter as coisas, mas sim fazer (bom) uso delas. Com isso, a gente economiza e o planeta agradece.

A Roupateca é um exemplo disso. Localizada em São Paulo, a loja oferece serviço de aluguel de roupas por assinatura, um guarda-roupa compartilhado com um acervo composto por doações e garimpagem das criadoras da iniciativa. Segundo elas, o mundo está mudando e, cada vez mais, percebemos que podemos viver com menos e compartilhar mais. Afinal, o que é velho ou usado pra você pode ser novo para outra pessoa. Vamos consumir menos e compartilhar mais?

 

Aqui na Estilo, por exemplo, os familiares doam lençóis e roupas velhas (que, por conta do seu estado de conservação, não poderiam ser doadas para outras pessoas) para serem transformadas em capas de almofadas, tecidos para exposições, tapetes e até cabanas! O que poderia ser lixo se transforma em uma série de outras coisas lindas e criativas.

 

 

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#EscolaLixoZero – PONTO DE COLETA DE PILHAS E BATERIAS

By | Estilo Lixo Zero

Fazer o descarte de pilhas e baterias de maneira adequada é importante para evitar problemas ambientais e até riscos à saúde e à vida das pessoas. Se forem descartadas em lixo comum, elas podem amassar, estourar e deixar vazar o líquido tóxico de seus interiores (que é composto por metais pesados, como cádmio, chumbo e mercúrio). Esse líquido se acumula na natureza e contamina o solo e lençóis freáticos, prejudicando a agricultura e a hidrografia.*
 
A Estilo recolhe na secretaria escolar pilhas e baterias usadas e encaminha para as estações de Reciclagem Pão de Açúcar Unilever, onde são separados e levados para Cooperativas de catadores de materiais recicláveis.
 
*Fonte

 
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UM RETORNO ÀS ORIGENS

By | Estilo Lixo Zero

Hoje em dia, é comum lermos ou ouvirmos a educação inovadora e a inovação de modo geral sendo tratadas como questões relacionadas com a tecnologia (única e exclusivamente). Nós, no entanto, acreditamos que inovação de verdade diz respeito à volta da simplicidade nas relações humanas. Na simplicidade, conseguimos nos conectar ao que realmente importa. E, dentro de uma escola, quando falamos em educação, não nos referimos apenas ao conteúdo pedagógico, mas (e principalmente) ao relacionamento.

É importante lembrarmos que os primeiros grupos humanos viviam em comunidade e se organizavam no sistema de trocas: alguém que tinha mais milho, por exemplo, trocava por peixe com uma outra pessoa, e assim por diante. O objetivo, na época, era buscar apenas o necessário para sobreviver, sem explorar demais a natureza, com foco nas trocas, não apenas de mercadorias, mas também de conhecimento. Ouro, prata e dinheiro só entrariam na jogada muitos anos depois.

Ressignificar nossa relação com as pessoas ao nosso redor e com o mundo em que habitamos nada mais é que um retorno às origens. E estamos cada vez mais nesse caminho. Segundo um levantamento feito neste ano pela OLX, por exemplo, o número de pessoas que negociaram itens no site especializado em trocas on-line nos últimos três anos no Brasil aumentou 392% – 70% ao ano.

Além disso, cada vez mais gente está retomando os chamados “hábitos dos tempos da vovó”, como o aproveitamento integral de quase tudo o que consumimos. Folhas de beterraba se transformam em uma rica e nutritiva salada; o leite coalhado se torna um delicioso doce de leite; as cascas da batata, um saboroso aperitivo; as sobras do almoço viram algum prato para o jantar, e os retalhos de pano fazem uma linda colcha ou uma manta.

A lógica é: ao invés de simplesmente descartar e comprar algo novo no lugar (muitas vezes, por pura compulsão), utilizar o máximo possível. O hábito, inclusive, integra a chamada Economia Circular, um conceito baseado na inteligência da natureza em que nada se perde, tudo se renova, e que incentiva a adoção de práticas de consumo mais conscientes e que gerem menos impacto ao meio ambiente. Um pensamento realmente inovador que pode transformar o mundo em que habitamos.

 

Aqui na Estilo, o aproveitamento máximo das coisas está presente no dia a dia das estudantes e dos estudantes. Caixas de papelão viram coletoras para materiais recicláveis ou suporte para uma série de atividades, substituindo folhas de papel cartão ou cartolina, por exemplo; bandejas de isopor para frios são reutilizadas em atividades de xilogravura; roupas velhas (e que não estão em bom estado para serem doadas para outras pessoas) se transformam em grandes tecidos, que, posteriormente, servem de base para a confecção de tapetes, almofadas e outras atividades. 

Mais que um exercício prático do consumo consciente, a nossa proposta é oferecer às estudantes e aos estudantes a oportunidade de inverter a noção de aprendizado em vigor em nossa sociedade, na qual o conhecimento é apresentado sem processo e o saber é vendido como um produto a ser consumido. Ao fazer alguns dos materiais utilizados em sala de aula, as estudantes e os estudantes não apenas estimulam a criatividade, como também vivenciam um aprendizado muito mais genuíno. Uma educação verdadeiramente transformadora.

 

 

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